Visita guiada mostra obras e reconta história de Francisco Brennand no Recife

Mostra “Devolve a terra à pedra que era” foi apresentada ao público neste sábado (24) pela curadora Júlia Rebouças, em meio à programação do seminário “Francisco Brennand: a Oficina como Território”.

Em meio às atividades do seminário internacional “Francisco Brennand: a Oficina como Território”, realização da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) com a Oficina Francisco Brennand, foi promovida neste sábado (24) uma visita à exposição “Devolve a terra à pedra que era: 50 anos da Oficina Francisco Brennand”, em cartaz desde o ano passado no espaço cultural localizado na Várzea, no Recife. Na ocasião, o público pôde conhecer, em mais detalhes, a história, a obra e o legado do ceramista e artista plástico pernambucano, que faleceu em dezembro de 2019.

A visitação foi guiada pela diretora artística da Oficina, Júlia Rebouças, que assina a curadoria da exposição ao lado de Julieta González. A ação foi prestigiada pelo presidente da Fundaj, Antônio Campos.

Dividida em três eixos temáticos – Natureza, Território e Cosmologias -, a mostra resgata momentos vividos por Brennand, reunindo esculturas, pinturas, desenhos e registros fotográficos de diferentes épocas. Também traça um histórico do local que abriga a fábrica de cerâmica São João, pertencente à família, e a Oficina. Entre as peças expostas, estão ilustrações feitas em 1968 para o texto “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna, e um painel que reconta a Batalha dos Guararapes, concluído em 1961, que Francisco considerava como sua melhor obra.

Os visitantes foram recepcionados pela curadora Júlia Rebouças, que destacou o caráter coletivo da construção do espaço, visto como um marco da História da arte brasileira. “Quando celebramos os 50 anos da Oficina, de maneira nenhuma, fazemos uma cronologia acabada. Estamos falando de acontecimentos geradores de novas histórias”, afirmou.

Entre o público participante, o jornalista Jefferson Duarte, de 31 anos, de São Paulo, veio com um amigo, que mora em Recife, para conhecer a Oficina e, coincidentemente, chegou na hora da visita guiada. “Foi uma baita surpresa. Achei bastante legal. Acho interessante que, para cada pessoa, a arte pode ser uma coisa diferente, colocando nela o que você entende”, observou.

A programação do seminário internacional segue até domingo (25), com cinco sessões da Mostra de Cinema, na Sala do Museu, em Casa Forte.