Moraes manda a PF identificar membros de grupo do Telegram

Grupo chamado “Caçadores de ratos do STF” tinha como um de seus integrantes Ivan Rejane Fonte Boa Pinto

Ministro Alexandre de Moraes Foto: Carlos Moura/SCO/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal (PF) identifique, em 15 dias, os membros de um grupo do Telegram chamado Caçadores de ratos do STF, que tinha, entre os seus 159 participantes, Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, preso desde o dia 22 de julho após dizer que colocaria os ministros do Supremo de “cabeça para baixo”.

A Polícia Federal investiga se Ivan Rejane cometeu o crime de tentar, por meio de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito e de ter formado uma associação criminosa. Após o celular de Ivan ser apreendido, a PF identificou que ele participava de grupos no Telegram que faziam críticas a ministros e políticos, um deles seria o Caçadores de ratos do STF.

No entanto, a Polícia Federal declarou que não conseguiu identificar os integrantes do grupo por falta de tempo para análise. A PGR então afirmou que, para acusar Ivan Rejane de associação criminosa, seria necessário haver provas de permanência e estabilidade de um grupo composto por ao menos três pessoas visando cometer algum crime.

– A autoridade policial indiciou o investigado pelo cometimento do crime de associação criminosa, mas não identificou quais seriam os seus integrantes, além do indiciado – disse o órgão, em manifestação da vice-PGR, Lindôra Araújo.

A PGR fez então um pedido para identificação dos participantes do grupo, o que foi acolhido por Moraes.

– Determino (que) sejam os autos encaminhados ao delegado de Polícia Federal Fábio Alvarez Shor para que, no prazo de 15 dias, realize a análise do teor de mensagens trocadas e identifique todos os integrantes do grupo no Telegram Caçadores de ratos do STF – declarou o ministro.