Daniel Gullino
O Globo
Em meio às discussões sobre um possível candidato único da terceira via à Presidência, o pré-candidato do Podemos, ex-juiz Sergio Moro, reuniu-se na segunda-feira com o presidente do União Brasil, o deputado federal Luciano Bivar (PE). Moro afirmou que os dois reforçaram a necessidade de “um único candidato do centro político democrático contra os extremos”.
Em um gesto a Bivar, Moro ainda disse que ele seria “um ótimo vice-presidente ou cabeça de chapa” e o que os dois estarão juntos “de 2022 a 2026, pelo menos”. O ex-juiz tenta atrair o União Brasil para a sua campanha porque o partido terá o maior fundo eleitoral e o maior tempo de televisão.
UNIFICAR CANDIDATURAS – “Encontrei com Luciano Bivar. Reforçamos a necessidade de termos um único candidato do centro político democrático contra os extremos. Bivar seria um ótimo vice-presidente ou cabeça de chapa. Estaremos juntos de 2022 a 2026, pelo menos”, escreveu Moro em sua conta no Twitter.
União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania têm discutido a possibilidade de lançarem um único candidato a presidente, que poderia ser escolhido por meio de uma eleição interna. O Podemos também já participou dessas discussões.
No momento, a senadora Simone Tebet (MS) é a pré-candidata do MDB, enquanto o governador de São Paulo, João Doria, é o postulante tucano, enquanto o senador Alessandro Vieira (SE) deixou o Cidadania e ingressou no PSDB, abandonando a pré-candidatura presidencial.
BIVAR E LEITE – O partido União Brasil não tem candidato colocado, mas seu presidente Luciano Bivar é citado como uma possibilidade, para que cada legenda tenha um nome nas negociações. Detalhe: Bivar já foi candidato à Presidência.
Em paralelo a essas conversações pluripartidárias, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou que vai renunciar ao cargo nesta semana, mas que permanecerá no PSDB.
Especula-se que Leite pode se colocar à disposição do PSDB para voltar à corrida presidencial, apesar de ter perdido as prévias para João Doria. O gaúcho tinha um convite do PSD do ex-ministro Gilberto Kassab para entrar na corrida presidencial, mas acabou recusando.