“Ou ela será candidata sozinha, ou vai para direita”, diz Humberto sobre Marília

À Rádio Folha 96,7 FM, Humberto falou sobre a chance de saída de Marília do PT

Humberto Costa – Foto: Paullo Almeida/Folha de Pernambuco
saída da deputada Marília Arraes do PT, que está encaminhada, possivelmente para que ela seja candidata ao Governo do Estado pelo Solidariedade, segue gerando respostas dentro do partido. Em entrevista à Rádio Folha 96,7 FM, o senador Humberto Costa, reforçou que não deseja que Marília deixe o Partido dos Trabalhadores, mas diante do atual cenário, considera que, caso a saída seja confirmada, a parlamentar, possivelmente, estaria alinhada com a direita pernambucana. “Espero que ela não saia do partido, se ela sair temos que analisar para qual partido vai. Se sair e for para determinado partido, com quem vai fazer aliança política, Pernambuco é um estado muito politizado, tem história, tem uma direita e uma esquerda que se enfrentam há décadas’, afirmou.

“Dento da esquerda temos PT e PSB, que se sobressaem, estão juntos defendendo Danilo Cabral. Ou ela será  candidata sozinha,ou vai se unir à direita em Pernambuco, isso sem dúvida será levado em consideração se ajuda ou atrapalha (a candidatura de Lula). Não acredito que o PSDB vai votar em Lula, ou que pessoas que foram do DEM vão votar em Lula, Podem até querer pegar carona em Lula, que é um nome muito forte, mas defender Lula, apoiar seu governo depois duvido muito”, reforçou Humberto. A pré-candidata ao Governo do Estado Raquel Lyra é do PSDB e estaria disposta a receber Marília como sua senadora.

Humberto ainda falou sobre um eventual cenário em que Marília seja candidata fora do PT e Lula tenha dois palanques em Pernambuco. “O PT entende que o PSB é um aliado estratégico da campanha de Lula. Eu acredito que o PSB deverá discutir com o presidente essa questão. Não sei qual vai ser o posicionamento do presidente Lula, mas tenho uma suposição de que o PSB deverá discutir com o presidente uma linha de considerar que se é de fato um aliado estratégico, é ruim que haja mais de um palanque, mas lógico, quem quiser votar em Lula ninguém vai empatar, mas ser dois palanques é outra discussão”, avaliou.

Humberto considerou “muito dura” a nota publicada por Marília Arraes, no domingo (20), criticando a indicação feita pelo partido para que ela fosse candidata ao Senado. Na ocasião, Marília disse que estava sendo usada como “massa de manobra”. Humberto frisou que “ninguém é maior que o PT”, nem mesmo Lula, frisou que ninguém foi vetado da escolha ao Senado, mas que o partido respeita um trâmite para que o postulante seja escolhido e citou os nomes da deputada estadual Teresa Leitão, do deputado federal Carlos Veras e da ex-deputado Odacy Amorim, outros postulantes ao posto. “Será que somente a deputada Marília Arraes tinha legitimidade para ser candidata ao Senado?”, perguntou Humberto.

“Ela não participou diretamente, mas o principal assessor participou dessa reunião, não se manifestou contra as decisões que foram tomadas e logo depois saiu nota dizendo de querer manipular o destino dela. Nós não queremos manipular o destino de ninguém, ela tem o direito de tomar o caminho que quiser, reconhecemos ela como uma boa parlamentar, o PT fez um esforço para que essa solução pudesse ser resolvida e entregou a ela aquilo que diziam que ela queria, que era a vaga de candidata ao Senado. Aí ficou provado que ela não queria ser candidata ao Senado, ela poderia ser candidata ao que quiser, mas as colocações de que o PT havia vetado o nome dela e não queria dar a ela o direito de disputar o Senado, essas colocações caíram por terra”, disse Humberto.