Reforma trabalhista gerou grande desfalque nas entidades trabalhistas
Sindicatos perderam força após reforma trabalhista Foto: Agência Brasil/Rovena Rosa
Para se ter uma ideia, em 2017, a Centra Única dos Trabalhadores (CUT) arrecadou R$ 14,1 milhões com as contribuições. Em 2021, o valor era de R$ 274 mil – uma queda de 99,6%. Já a Força Sindical passou de R$ 51,3 milhões para R$ 550 mil, se avaliado o mesmo período.
O “golpe” nos sindicatos veio com a reforma trabalhista, aprovada em 2017 pelo governo Michel Temer. Entre as mudanças, a reforma tornou a contribuição sindical, antes descontada na folha de pagamento, facultativa. Naquele ano, as entidades de classe arrecadaram R$ 3,05 bilhões.
Em março de 2019, logo após assumir o governo, o presidente Jair Bolsonaro criou a Medida Provisória 873, que vedava o desconto em folha da contribuição sindical e estabelecia o pagamento via boleto. O objetivo da MP era combater as ações judiciais abertas pelos sindicatos. Ainda assim, o instrumento não andou no Congresso Nacional e “caducou” em julho daquele ano. Ainda assim, as arrecadações tiveram queda acentuada.