Estados Unidos e Reino Unido foram os mais ativos no envio de armamentos ao Exército ucraniano
A Ucrânia recebeu 1,5 bilhão de dólares (R$ 7,93 bilhões) em armas e equipamentos militares nos últimos meses para fortalecer seu Exército, em meio às tensões na fronteira com a Rússia, conforme disse nesta segunda-feira (7) o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmitro Kuleba.
– Continuamos a construir uma coalizão internacional em apoio à Ucrânia. Graças a este trabalho, a Ucrânia hoje recebe mais apoio político, econômico e de segurança – disse o ministro.
Kuleba deu declarações durante uma entrevista coletiva. Ele afirmou que planeja discutir hoje a questão do fornecimento de armas com a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, e, na terça-feira (8), com o presidente da França, Emmanuel Macron.
Ele também disse que falaria com Baerbock sobre a oposição da Alemanha em aceitar que países de fora da Otan ou organizações com armas alemãs enviem esses equipamentos à Ucrânia.
Autoridades ucranianas advertiram que essa recusa poderia prejudicar as relações bilaterais com a Alemanha, que vê tal postura como contraproducente do ponto de vista da tensão militar na fronteira com a Rússia.
Berlim alega que as armas não podem resolver um conflito, embora tenha manifestado sua disponibilidade em bloquear o gasoduto Nord Stream 2, da Rússia, em caso de agressão por parte desse país.
Os Estados Unidos e o Reino Unido foram os mais ativos no envio de armamentos ao exército ucraniano, assim como o Canadá, a Polônia e os países bálticos, que receberam aval de Washington.
O Ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, disse que Berlim havia prometido 5.000 capacetes, além de hospitais de campanha, mas bloqueou o envio, por parte da Estônia, de armas dos tempos da Alemanha Oriental.
*EFE