O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) não está convencido de que o suspeito de assassinar a menina Beatriz, em 2015, num colégio particular de Petrolina, seja mesmo o Marcelo da Silva, como foi apresentado na última terça-feira pela Secretaria de Defesa Social. A opinião pública, e principalmente a mãe da vítima, Lucinha Mota, também não.
A apresentação do suspeito aconteceu sete anos após o início das investigações e poucos dias após Lucinha encerrar uma caminhada por todo o Estado clamando por Justiça e defendendo a federalização do caso, como havia prometido o governador Paulo Câmara.
Em reserva, o Blog conversou com três procuradores para saber por qual motivo a promotora, Ângela Cruz, devolveu o inquérito para a polícia fazer novas diligências.
Ora, para a denúncia já bastava haver indícios, e novas e outras diligências complementares poderiam ser requeridas no curso da ação penal. Daí vem uma conclusão lógica: o próprio Ministério Público não vislumbrou indícios suficientes para oferecer uma denúncia criminal.
Existem várias decisões no sentido de mandar prender e que depois se devolver o inquérito para novas diligências constitui constrangimento legal. O blog pesquisou algumas.