A saída de Marcelo Freixo do PSOL e o movimento da esquerda em 2022

Articulações no campo progressista já caminham a pleno vapor.

Pablo Valadares | Câmara dos Deputados

O deputado federal Marcelo Freixo, que é um dos principais nomes da esquerda brasileira, anunciou que está deixando Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

Após 16 anos na sigla, Freixo segue adotando uma série de estratégias visando o pleito de 2022.

“Hoje, encerro esse ciclo com a certeza de que apesar de não estarmos no mesmo partido seguiremos na mesma trincheira de defesa da vida, da democracia e dos direitos do povo brasileiro. Essa decisão foi longamente amadurecida e tomada após muito diálogo com dirigentes nacionais e estaduais, a quem agradeço pelas reflexões fraternas que compartilhamos”, escreveu o parlamentar em sua rede social.

O Conexão Política já havia noticiado, com exclusividade, os embalos da ala esquerdista para alçar candidaturas pelo país no ano que vem. A tática é provocar uma ‘troca de cadeiras’ com nomes veteranos da esquerda.

A exemplo de Jean Wyllys, que também era do mesmo partido do colega — mas decidiu abrir caminho para ‘êxodo canhoto’ ao confirmar sua filiação ao PT — Freixo também acompanha o deslocamento que será comum nos próximos meses.

O PSOL, segundo apuramos, deve focar em candidaturas novatas e apostar na juventude para erguer bandeiras mais radicais, enquanto partidos como PT, PDT e PSB buscarão transmitir aspecto de siglas moderadas.

Na tentativa de retomar o poder, a esquerda busca alternativas para avançar sobre um novo eleitorado no páreo de 2022 e consolidar o plano lulopetista de fazer política.