Enquadrado na Lei de Segurança Nacional, líder do PSOL afirma que sofre “perseguição política vergonhosa”
Ele terá que se apresentar na superintendência da PF em São Paulo no dia 29, às 16 horas.
Boulos é acusado de “ameaçar” o presidente Jair Bolsonaro por ter publicado num Twitter um comentário sobre o presidente.
Em abril de 2020, depois de participar de um ato em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, em que os manifestantes pediam intervenção militar, Bolsonaro afirmou: “Eu sou a Constituição”. A declaração remeteu a frase atribuída a Luís XIV, rei da França por 72 anos no século 17: “O Estado sou Eu”.
Boulos então escreveu: “Um lembrete para Bolsonaro: a dinastia de Luís XIV terminou na guilhotina…”.
Bolsonaro ficou contrariado. E o deputado José Medeiros (Pode-MT), ligado ao presidente, representou contra Boulos no Ministério da Justiça.
Por determinação do então ministro da Justiça, André Mendonça, a PF abriu um inquérito contra o líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto). E agora o intimou para depor.
“É uma perseguição política vergonhosa”, diz Boulos. Ele deve comparecer à PF acompanhado por seu advogado, Alexandre Pacheco Martins.