73% dos caminhoneiros devem aderir à greve, diz pesquisa

 

Caminhoneiros autônomos estão convocando uma greve para o dia 1º de fevereiro. 73,47% dos profissionais pretendem parar junto à categoria caso o protesto aconteça, enquanto 26,53% devem continuar trabalhando normalmente. A pesquisa de opinião com os profissionais de transporte, divulgada com exclusividade ao InfoMoney, foi feita pelo TruckPad.

A plataforma conecta mais de 500 mil caminhoneiros autônomos a cargas pela América Latina. A pesquisa ouviu 3.000 motoristas, com 300 respostas validadas, e foi feita na última quinta-feira (28).

85,96% dos profissionais de transporte ouviram falar a respeito da paralisação, segundo o TruckPad. Os principais canais de informação foram redes sociais e imprensa (56,96%), pelos amigos de estrada (39,66%) e pelos sindicatos da categoria (3,38%).

As pautas da categoria são diversas: vão desde o projeto BR do Mar, que incentiva a navegação pela costa brasileira, até o piso mínimo do frete e reclamações contra os aumentos recentes nos preços de combustíveis pela Petrobras. A estatal reajustou o preço do diesel em 4,4% na última terça-feira (26), após alegações e estudos de que estaria represando os preços dos combustíveis.

A porcentagem de informação sobre a greve cresceu entre os caminhoneiros autônomos, em relação a uma pesquisa anterior do TruckPad. Porém, a porcentagem de adesão teve leve queda. Entre os dias 15 e 18 de janeiro, 70% dos respondentes ouviram falar na greve e 76% consideravam aderir, caso realmente houvesse uma paralisação.

Greve não deve ser como a de 2018

A paralisação ganhou mais um apoio na última quarta-feira (27), um dia após a divulgação no aumento nos combustíveis pela Petrobras. A Federação Única dos Petroleiros (FUP), que reúne sindicatos da categoria em todo o país, decidiu apoiar o movimento dos caminhoneiros.

Porém, o TruckPad entende que dificilmente haverá uma greve como a que ocorreu em 2018. Em maio daquele ano, caminhoneiros convocaram uma greve diante do descontentamento com a alta dos preços do diesel promovida pela Petrobras. A paralisação durou cerca de dez dias.