Pedro relembrou que a própria mãe Lilian também morreu em decorrência do novo coronavírus. Durante a reportagem, ele pediu para a âncora no estúdio, Lilian Ribeiro, um espaço para uma “observação pessoal”.

“Há quase dois meses, minha mãe se foi por causa da covid-19. Você tem o mesmo nome dela, Lilian. Ela não desgrudava do meu pai, acompanhou ele em uma viagem para o sul. Quando a gente fala da perda de uma pessoa querida [que foi vítima do vírus] tem que falar também de conscientização”, iniciou ele.

O jornalista também relembrou o período em que a mãe ficou internada: “Ela foi em outubro e ficou até 3 de novembro. Quando a gente tem um parente nessa situação é complicado, porque não pode nem visitá-lo”.

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O pai de Pedro também foi diagnosticado com a doença. “O meu pai só perdeu o paladar. A gente não sabe o que faz evoluir com ou sem gravidade. Minha mãe já tinha mais de 60 anos e fumou por 30. O sistema imunológico também não era muito bom”, lamentou.

“Ela acabou melhorando no final, conseguiu falar conosco pelo vidro, quer dizer, a gente pode ler os lábios dela dizendo ‘mamãe ama vocês’. Deu uma esperança. Ela vivia para o meu pai, depois para os filhos e aí chegaram os netos. E os cachorros, que também são da família porque sentem falta”, afirmou.

O repórter aproveitou ainda para fazer um alerta. “Estou falando isso porque a gente precisa de conscientização. Quem é jovem e está indo na praia, na festinha, fica sem máscara, acha que não vai acontecer nada. Não é bem assim. Pode não acontecer nada com você, pode levar o vírus para alguém querido da sua família”, encerrou o jornalista.