Secretários do Ministério da Justiça põem cargos à disposição após demissão de Moro

Titulares das secretarias Nacional do Consumidor, Nacional de Justiça e de Operações Integradas anunciaram a decisão. Moro deixou a pasta alegando tentativa de interferência de Bolsonaro na PF.

Secretários do Ministério da Justiça colocaram os cargos à disposição após o agora ex-ministro da Justiça Sergio Moro ter se demitido do governo. São eles:

  • Vladimir Passos de Freitas: secretário Nacional de Justiça
  • Rosalvo Franco: secretário de Operações Integradas
  • Luciano Timm: secretário Nacional do Consumidor

Em uma rede social, Timm manifestou “absoluta e irrestrita” solidariedade a Moro e disse que pretende garantir uma transição “segura” ao seu sucessor na secretaria.

“Conheci gente nova, aprendi coisas diferentes, mas acima de tudo servi ao meu país ao lado de uma equipe técnica, comprometida e honesta. Volto a fazer o que sempre soube, não sem antes garantir uma transição segura a(o) meu (minha) sucessor (a)”, escreveu.

Luciano Timm, secretário nacional do consumidor, põe cargo à disposição após saída de Moro do Ministério da Justiça — Foto: José Cruz/Agência Brasil

Luciano Timm, secretário nacional do consumidor, põe cargo à disposição após saída de Moro do Ministério da Justiça — Foto: José Cruz/Agência Brasil

Após saída de Moro, secretário Nacional do Consumidor põe cargo à disposição

Após saída de Moro, secretário Nacional do Consumidor põe cargo à disposição

Moro anunciou a demissão em um pronunciamento nesta sexta-feira (24). Ele disse que o presidente Jair Bolsonaroestava tentando interferir politicamente na Polícia Federal, órgão sob responsabilidade do ministro da Justiça.

Moro disse também que não concordava com a troca no comando da PF, efetuada por Bolsonaro também na sexta. O presidente queria desde o ano passado substituir o diretor-geral, Maurício Valeixo, ligado a Moro. A exoneração de Valeixo foi o estopim para a saída de Moro.

O agora ex-ministro da Justiça disse que, em conversas com Bolsonaro, afirmava que não era contra uma troca do comando da PF, desde que o presidente apresentasse um motivo relacionado a mau desempenho ou ineficiência. Segundo Moro, Bolsonaro nunca apresentou essas razões.