Para Bolsonaro, imprensa distorce suas declarações porque sente saudades do PT

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Charge do Sid (A Voz da Bahia)

Gustavo Uribe
Folha

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (20) que a imprensa brasileira distorce as suas declarações públicas e que os veículos de comunicação “morrem de saudades do PT”. Em mensagem nas redes sociais, ele reagiu às críticas aos seus recentes posicionamentos. Nesta sexta-feira (19) o presidente disse que não há fome no Brasil, chamou os governadores nordestinos de “paraíbas” e atacou a jornalista Miriam Leitão.

“Não adianta a imprensa me pintar como seu inimigo. Nenhum presidente recebeu tanto jornalista no Palácio do Planalto quanto eu, mesmo que só tenham usado dessa boa vontade para distorcer minhas palavras, mudar e agir de má-fé ao invés de reproduzir a realidade dos fatos”, disse, referindo-se a um café da manhã com correspondentes estrangeiros nesta sexta-feira.

IMPRENSA LIVRE – Bolsonaro afirmou ainda que sempre defendeu a liberdade de imprensa, “mesmo consciente do papel político-ideológico atual de sua maior parte, contrário aos interesses dos brasileiros, que contamina a informação e gera desinformação. No fundo, morrem de saudades do PT”.

Bolsonaro depois acrescentou, também em redes sociais: “Vou falar do PT sempre. Não adianta chorar. Não é porque perderam a eleição que seus crimes devem ser ignorados. Os efeitos devastadores do desgoverno da quadrilha ainda podem ser sentidos e é papel de todo aquele que que ama o Brasil lembrar quem foram os culpados”.

Em um dia de declarações controversas em sequência, o presidente também criticou a multa de 40% do FGTS em caso de demissão sem justa causa. Ele ainda criticou o filme “Bruna Surfistinha’, mesmo admitindo que não o assistiu, e disse que vai extinguir a Ancine (Agência Nacional do Cinema) se o órgão não tiver filtro.

OUVINDO O ZERO DOIS – A crítica feita pelo presidente nas redes sociais adota tom semelhante ao de seu filho e vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), o Zero Dois, que criticou encontro de seu pai com jornalistas da imprensa internacional.

“Por que o presidente insiste no tal café da manhã semanal com ‘jornalistas’? Absolutamente tudo que diz é tirado do contexto para prejudicá-lo. Sei exatamente o que acontece e por quem, mas não posso falar nada porque senão é ‘fogo amigo’. Então tá, né?! O sistema não parará!”, afirmou Carlos na rede social.

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