Candidata Mirella Almeida não empolga em pesquisa para prefeitura de Olinda: O que está errado?

  A pesquisa divulgada nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Real Time Big Data, encomendada pela Record, revela um cenário preocupante para a candidatura de Mirella Almeida (PSD) à Prefeitura de Olinda. Com 26% das intenções de voto no cenário estimulado — onde uma lista de candidatos é apresentada aos eleitores — Mirella lidera, mas com um desempenho que levanta dúvidas sobre sua capacidade de atrair e consolidar o apoio do eleitorado olindense.

Vinicius Castello (PT) aparece logo em seguida, com 16%, em empate técnico com Izabel Urquiza (PL) e Antônio Campos (PRTB), ambos com 15%. A pesquisa, realizada entre os dias 9 e 10 de setembro com 800 entrevistados, apresenta uma margem de erro de 3 pontos percentuais, o que coloca o cenário ainda mais indefinido. Além disso, o estudo foi registrado no TSE sob o número PE–03922/2024 e tem um nível de confiança de 95%.

Assim sendo, a candidata apresenta sinais de rejeição e desconhecimento. Embora Mirella esteja na frente, os números indicam uma fragilidade significativa em sua campanha. Dos entrevistados, 16% afirmaram que votariam com certeza na candidata, enquanto 34% disseram que poderiam votar nela. Porém, um dado alarmante se destaca: 39% dos eleitores declararam que não votariam de forma alguma em Mirella, e 11% disseram não conhecê-la o suficiente para opinar.

Esses dados são especialmente preocupantes considerando o peso das lideranças que a apoiam. Mirella é a candidata do atual prefeito de Olinda, Professor Lupércio, e conta com o suporte da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra. Mesmo com essa base de apoio, que inclui nomes de relevância política no estado, Mirella ainda não conseguiu conquistar a simpatia de uma parte significativa do eleitorado.

A leitura que se pode fazer é a falta de conexão com o eleitorado e o não peso da Gestão de Lupércio lhe resultando em força para melhorar o caminho e pavimentá-lo, resultando em números crescentes. A demonstração é de que já atingiu o teto máximo. A candidatura de Mirella  deveria estar em uma posição mais confortável, levando em conta o respaldo que ela recebe de lideranças fortes como o prefeito Lupércio e a governadora Raquel Lyra. No entanto, a pesquisa revela que essa força política não está sendo traduzida em votos. A pergunta que fica é: onde está o erro?

Professor Lupércio, em seu segundo mandato como prefeito, deveria ter a capacidade de transferir parte de seu capital político para sua sucessora escolhida. No entanto, os 26% de Mirella não são uma vantagem tão significativa em um cenário tão competitivo. A administração de Lupércio, que enfrenta críticas em diversos aspectos, pode estar minando as chances de Mirella alavancar sua candidatura.

Outro ponto a se considerar é a própria figura de Mirella. Como ex-secretária do município, ela deveria ter maior visibilidade e aceitação, mas os 11% que afirmaram não conhecê-la são um sinal de que sua comunicação com o eleitorado está falhando. Além disso, os 39% de rejeição mostram que, apesar do suporte político que recebe, ela não está conseguindo empolgar a população olindense.

Nessa conjuntura que se vê é que nem sempre o apoio político é tudo para uma candidatura. Percebe-se claramente é que o apoio de grandes nomes da política não é suficiente para garantir a vitória. Mirella , apesar de ser uma candidata da situação, não conseguiu conquistar de forma plena o eleitorado de Olinda. Os números revelam um desgaste tanto da sua imagem quanto da gestão de Lupércio, que não tem conseguido reverter esse quadro a seu favor. Entenda e se observe que essa leitura feita sobre o desgaste da gestão de Lupércio respinga até na candidatura do vice-prefeito Márcio Botelho que apresenta na atual pesquisa do instituto Real Time Big Data, um minguado 2%.

O desempenho de Mirella Almeida na pesquisa do Instituto Real Time Big Data é um indicativo de que há algo errado em sua campanha e na capacidade do prefeito Lupércio de transferir votos. O apoio de Raquel Lyra e a estrutura política por trás de Mirella deveriam colocá-la em uma posição muito mais confortável. No entanto, a candidata enfrenta resistência e desconhecimento por parte de uma fatia significativa do eleitorado.

Com as eleições se aproximando, será crucial para Mirella revisar sua estratégia, fortalecer sua presença junto ao eleitorado e, principalmente, questionar o que está falhando na comunicação de sua candidatura e no legado da gestão de Lupércio. Afinal, a política é feita de mais do que alianças: é necessário empolgar e convencer os eleitores. E, por enquanto, isso parece estar distante de acontecer.