Imigrantes ajudam na manutenção da Previdência portuguesa

Relatório divulgado pelo Banco de Portugal em junho de 2024 diz que o crescimento da taxa de emprego no país “tem sido sustentado pelo aumento da população ativa”, potenciado “por saldos migratórios positivos”. Além de ajudar na economia, os imigrantes são parte relevante na manutenção do sistema de Previdência português, a Segurança Social.

Segundo o OM (Observatório das Migrações), “os estrangeiros assumem maior capacidade contributiva” e “têm um papel importante para contrabalançar as contas do sistema de Segurança Social, contribuindo para um relativo alívio do sistema e para a sua sustentabilidade”.

O grupo, de acordo com o documento, recorre menos à Segurança Social para obtenção de subsídios do que os portugueses. Esses fatores fizeram com que, em 2022, a Previdência do país tivesse saldo positivo de 1,6 bilhão de euros, o mais elevado da série histórica.

Naquele ano, os estrangeiros contribuíram com 1,86 bilhão de euros para a Segurança Social. Desse total, 35,9% (cerca de € 668 milhões) vieram dos brasileiros.

“A imigração é para Portugal essencialmente ativa e contributiva, ajudando de forma inequívoca para contrabalançar as contas públicas da Segurança Social, constituindo-se como uma dimensão importante do reforço e sustentabilidade do Estado social em Portugal”, disse o OM.

O número de imigrantes cresce de forma vertiginosa em Portugal. Em 2007, o Brasil passou a ser a maior comunidade estrangeira no país europeu, posto que ocupa até hoje. Naquele ano, eram cerca de 66.000 brasileiros (15% do total de estrangeiros em Portugal).

Em 2022, último ano com dados consolidados, os brasileiros em Portugal somavam mais de 239 mil, cerca de 30% dos estrangeiros no país.

O Banco de Portugal analisou informações de estrangeiros que residem em Portugal, que detêm um contrato de trabalho e que estão registrados na base de dados da Segurança Social. Conforme a instituição, a maior parte trabalha para outras pessoas.

Do Poder360