O zumbido no ouvido é um ruído que apenas o paciente pode escutar, se manifestando de forma aguda, em diversas situações, horários e ocasiões, comprometendo a qualidade de vida e da audição. Segundo um estudo publicado pela revista médica Jama Neurology, 14% da população no mundo sofre com o zumbido. No Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou que o problema afeta 28 milhões de brasileiros. Esse ruído interno pode ser manifestado por infecções, inflamações e uso inadequado de fone de ouvidos, mas também por distúrbios psíquicos, como: estresse crônico, ansiedade e depressão.

Para o cirurgião e traumatologista bucomaxilofacial do Hospital Jayme da Fonte e do Centroface, Diogo Brainer, é possível conviver com o problema desde que os gatilhos responsáveis sejam controlados. Na maioria dos casos, o estresse e situações pontuais na rotina dos pacientes podem ser fatores responsáveis por distúrbios psíquicos, e são motivos agravantes e mantedores dos ruídos. O próprio zumbido pode ser algo estressante para o paciente, desencadeando a ansiedade e depressão, também agravando os sintomas no ouvido. “A identificação e tratamento dos gatilhos que provocam os sons são fundamentais para evitar o zumbido e as demais doenças associadas. Com o controle desses fatores, o sintoma poderá ser minimizado”, afirma o especialista.

O ruído interno também pode apresentar outros sintomas. Os mais frequentes são dor de cabeça, enxaqueca, estalos articulares na mandíbula, dificuldade em abrir a boca, torcicolos, dificuldade em equilíbrio, além de piorar o quadro de perda auditiva. Por isso, é essencial procurar um especialista para identificar o que está causando o problema. O diagnóstico é feito através de uma consulta clínica, do levantamento do histórico e de informações sobre o cotidiano do paciente que podem provocar o quadro sintomático. A investigação é realizada por uma equipe multidisciplinar, já que o problema transita em diversas especialidades, mas primordialmente a de otorrinolaringologia. As outras áreas são: cirurgia bucomaxilofacial, psiquiatria, psicologia, fisioterapia e fonoaudiologia.

O tratamento do zumbido tem diversas possibilidades terapêuticas para aumentar a qualidade de vida do paciente e possibilitar uma vida normal, mesmo com apenas uma melhora parcial do problema. A intervenção precisa ser feita pelo especialista conforme o diagnóstico e a causa do problema. “O tratamento envolve múltiplas especialidades, abordando o paciente em todos os âmbitos, desde atenção à saúde mental, cuidados locais ‘periféricos’ no ouvido, articulação temporomandibular, região cervical, musculatura e reabilitação do paciente”, explica Diogo Brainer.

Para uma identificação correta e melhor forma de tratamento de problemas auditivos, o paciente deve procurar centros médicos de referência em atendimento de otorrinolaringologia e traumatologia bucomaxilofacial, como o Hospital Jayme da Fonte, que possui médicos especializados na área. A instituição oferece uma estrutura moderna para a realização de consultas, com um centro de diagnóstico sofisticado, tratamentos cirúrgicos, UTI totalmente equipada, médicos plantonistas e apresenta uma baixa taxa de infecção hospitalar. O atendimento também é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).