Transição começa em 48 horas, diz coordenadora da campanha de Lula

A presidente nacional do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PR), afirmou, hoje, que a transição de governo começará em até 48 horas, independentemente da colaboração do presidente Jair Bolsonaro (PL). Gleisi coordenou a campanha do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Temos isso [a transição] estabelecido em lei. Essa lei nos dá guarida para fazer o desenrolar da transição, independente da participação do presidente ou quem quer que ele designe”, disse a parlamentar em entrevista à GloboNews.

Eleito, Lula tomará posse na Presidência no dia 1º de janeiro de 2023. Enquanto o novo governo não começa, é garantida ao novo presidente a criação de um grupo para acompanhar e compreender o funcionamento dos órgãos e entidades da administração pública federal.

Esse processo é conhecido como transição, que tem início após a proclamação do resultado e termina com a posse do eleito, e está previsto em lei. O presidente eleito tem direito a compor uma equipe com até 50 pessoas, os quais podem ser indicados a partir desta terça-feira (1º), além de um coordenador.

Até o momento, segundo Gleisi, não houve qualquer contato de integrantes do governo Bolsonaro para o processo de transição. “Espero que siga a normalidade, para o bem do Brasil e do povo brasileiro. Se o presidente, se o Jair Bolsonaro não quiser participar, ok. Mas nós temos instituições fortes, tanto que o parlamento está empenhado em fazer essa transição conosco”, disse.

“Nós vamos nos organizar internamente, montar a equipe, as pessoas, por áreas, por temas, que nós já estamos vendo. Se não houver contato até a finalização dessas 48 horas, nós vamos tentar um contato com a parte política do governo para saber como proceder”, completou Gleisi.