A coligação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, enviou um pedido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que a Corte tome providências contra a escalada da violência na campanha eleitoral.
A coligação pede, por exemplo, a criação de um canal direto, no site do TSE, para denúncias de violência política. A campanha também quer que esse canal seja acessível a todos cidadãos brasileiros, com ampla campanha nacional de divulgação.
A ação pede ainda, sem especificar uma medida específica, que o TSE adote ações que lhe cabem para reduzir as hostilidades no ambiente eleitoral. A campanha de Lula cita casos recentes de violência política no país e mencionou um “crescente cenário de intolerância”.
Na semana passada, no interior de Mato Grosso, após uma discussão sobre as eleições, um homem, simpatizante do presidente Jair Bolsonaro, matou a facadas o colega de trabalho, defensor de Lula.
O caso se somou a outro de repercussão nacional. Em julho, um apoiador de Bolsonaro matou a tiros, durante uma briga, o tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda. O petista foi morto durante a própria festa de aniversário, que tinha como tema o ex-presidente Lula.
No pedido ao TSE, a coligação de Lula disse que, nesta campanha, a violência política tem ameaçado até os “mais singelos atos”, como o direito de uma pessoa dizer qual candidato apoia.
“O contexto de intolerância e violência política tem ultrapassado a características de gênero e incorrido sobre os mais singelos atos, como declarar posicionamento político, autoproclamar apoiador de determinado candidato ou simplesmente expressar/manifestar opinião política”, escreveram os advogados da campanha.