O instrumentista, compositor e cantor Jarbas Mariz é o convidado do próximo Sonora Coletiva, transmitido pelo Canal do multiHlab, no YouTube, dia 4 de agosto (quinta), às 19h30
No início dos anos 1970, Jarbas Mariz atravessou a fronteira da Paraíba com Pernambuco com um único objetivo: participar da “cena psicodélica” do agitado, ainda que bastante conservador, Recife. Chegou pelas mãos do amigo Zé Ramalho da Paraíba, que ao lado de Lula Cortês e Kátia Mesel, entre tantos outras e outros artistas, já desafiavam a caretice local. Recém-chegado da mais pacata João Pessoa, Jarbas Mariz terminou por se integrar à cena artística pernambucana. Logo estava fazendo história ao participar do álbum Paêbirú, o icônico registro feito pela dupla Lula Cortês e Zé Ramalho na não menos icônica Rozenblit, através do selo Solar criado por Kátia Mesel.
Esse paraibano, nascido em Minas Gerais, pois filho de família originária de Sousa, na Paraíba, foi criado em João Pessoa, passou pelo Recife e Belém, onde gravou um compacto duplo, hoje raríssimo item de colecionador, partiu para São Paulo, onde mora, tocou com Cátia de França, Jackson do Pandeiro e Paulo Diniz, para daí construir uma sólida carreira. E assim tornou-se um artista do mundo. “Do Cariri Pro Japão” é o nome de uma de suas músicas. Sim, Jarbas Mariz, depois de gravar um álbum autoral com Lula Cortês, outro raríssimo item de colecionador, o Bom Shankar Bolenath, viajou pelo mundo como integrante da banda de Tom Zé, com quem tem parceria há mais de 30 anos.
Como tantos grandes nomes de sua geração, a carreira de Jarbas Mariz começou cedo e em conjuntos de bailes, como se chamavam as bandas naquela ocasião. Uma delas, Os Selenitas, marcou época tocando músicas da Jovem Guarda e o rock norte- americano e britânico. Tanto que a outra banda de Jarbas Mariz se chamou Pedras Rolando, numa evidente alusão à já famosa Rolling Stones. Essas histórias e muitas outras estarão no bate-papo com Jarbas Mariz no Sonora Coletiva, que será transmitido pelo Canal multiHlab no YouTube, em 4 de agosto, às 19h30. O episódio será apresentado por um de seus editores, o pesquisador Túlio Velho Barreto, da Fundação Joaquim Nabuco.
Saiba mais
Sonora Coletiva? é o canal experimental da revista eletrônica de divulgação científica Coletiva, publicada pela Fundaj. Sediada no Recife, a revista disponibiliza dossiês temáticos e artigos com uma perspectiva de diálogo entre saberes acadêmicos e outras formas de conhecimento, prezando pela diversidade sociocultural e liberdade de expressão. É voltada para um público amplo, curioso e crítico. O projeto integra o ProfSocio, o Canal multiHlab e a Villa Digital, envolvendo ainda as diversas diretorias da Fundaj.
Serviço
Live
Jarbas Mariz – Do Cariri Pro Japão
Um bate-papo no Sonora Coletiva
4 de agosto
às 19h30
Pelo Canal Multihlab No Youtube