Do G1
A ex-funcionária da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) investigada por desvio de dinheiro público na Operação Hidrômetro, deflagrada nesta quinta (21), confessou o crime e alegou que passava por dificuldade de saúde e financeiras. A informação foi repassada pelo delegado Dinheiro Pinheiro, titular das investigações. A mulher era responsável por confeccionar a folha de pagamento da empresa e, segundo o delegado, . O nome dela não foi divulgado.
“Ela alegou que estava passando por um momento de dificuldades e viu a facilidade da oportunidade e entrou nessa”, disse Pinheiro. O delegado afirmou que, segundo informações repassadas pela Compesa, ao menos R$ 1,2 milhão foram desviados. O policial informou que a ex-funcionária aumentava o próprio salário. Ela ganhava em torno de R$ 7 mil, mas, em alguns meses, tirava o dobro ou até o triplo.
“Ela também inseria no próprio contracheque valores que ela não tinha direito, como diárias e verbas indenizatórias”, afirmou o delegado.A polícia disse, ainda, que ela adulterou o cadastro de dois ex-prestadores de serviço da Compesa, colocando informações de duas pessoas ligadas a ela.
“Ela colocou o salário delas altíssimo, de R$ 30 mil. Essas pessoas faziam o saque e repassavam para funcionária”, disse Pinheiro.
A polícia informou também que houve investigação dos atos da ex-funcionária da Compesa, entre 2021 e 2022.
“Essa ex-funcionária estava nessa função da folha de pagamento desde 2018 e vamos investigar se houve também desvios nesse período”, acrescentou o delegado.
Diego Pinheiro disse também que a policia aponta vários crimes. “Teve desvio de valores, inserção de dados falsos no sistema de informática, associação criminosa de quatro pessoas e lavagem de dinheiro”, observou.
Ainda de acordo com a polícia, “a pena vai depender do entendimento do Ministério Público, da denúncia, bem como do juiz verificando o inquérito se a participação de todos nesses crimes”.
Pinheiro informou que foi pedido o sequestro dos valores para poder ressarcir a empresa. “Cumprimos cinco mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados, bem como em uma loja que as investigadas têm em comum e foram apreendidos documentos e celulares,”, acrescentou.
Por fim, a polícia acredita que os valores subtraídos podem ser bem maiores do que o que foi detectado até agora.
“Acreditamos que esse valor de R$ 1,2 milhão pode ser até o dobro ou o triplo. Temos uma investigação que vai analisar o caminho do dinheiro, onde ele foi parar”, afirmou.