A Fundação Joaquim Nabuco realizou, hoje (26/04) à tarde a 425a reunião do Seminário de Tropicologia. O evento, idealizado por Gilberto Freyre, tem como objetivo discutir os grandes problemas da civilização tropical. O tema, hoje, foi ” A Sudene e o seu inventor”, desenvolvido pelo economista Clemente Rosas, que participou da equipe pioneira liderada por Celso Furtado. No governo inovador de Juscelino Kubitschek, Furtado criou (inventou no dizer do conferencista) a atual autarquia.
ABSURDOS
Sob a presidência da Acadêmica Fátima Quintas, Clemente Rosas ressaltou que a Sudene foi, na sua criação, diretamente subordinada ao Presidente da República, com autonomia e poderes muito acima de qualquer autarquia.
Podia conceder incentivos e dispunha de uma sólida estrutura de poder, com o seu Conselho Deliberativo formado por ministros e governadores.
O conferencista falou da dimensão
que a Sudene alcançou no exterior, reconhecida como a experiência de desenvolvimento regional mais bem sucedida do mundo.
Clemente ressaltou o absurdo que foram as perseguições desencadeadas contra Celso Furtado pelo Golpe Militar de 1964. Celso estava longe de ser comunista. Tinha uma visão moderna, foi um verdadeiro profeta, o tempo mostrou que tinha razão.
LIVRO
Clemente está prestes a lançar um livro sobre Celso Furtado e a evolução da Sudene, até se transformar no zero à esquerda, como nos nossos dias.
O livro reúne cerca de 30 artigos e uma palestra que resumem a história da instituição e do seu inventor.
Esperemos a obra.
SEMINARISTAS
Participaram da reunião de hoje e comentaram a conferência os seminaristas
Clóvis Cavalcanti, Aurélio Molina, Collins Holanda, Adriano Cabral, José Nivaldo Junior, Cruzeiro Aragão, Lourival Holanda, Abraham Sicsu e Lorena de Albuquerque Mello.
HOMENAGEM
Na abertura da sessão, o seminarista, ator Adriano Cabral, acompanhado pelo músico Eduardo Andrade, fez uma bela e aplaudida apresentação em homenagem ao seminarista recentemente falecido Reinaldo de Oliveira, também médico, ator, teatrólogo e integrante da Academia Pernambucana de Letras.
Jornal O PODER