A Academia Pernambucana de Letras realizou, ontem, eleição para o preenchimento da cadeira de número 15, vaga com o falecimento do médico e escritor caruaruense Waldênio Porto. Cada eleição tem quatro escrutínios. Os acadêmicos votam quatro vezes consecutivas nos candidatos inscritos. Caso nenhum deles alcance o quórum mínimo, a cadeira é considerada vaga e abrem-se novas inscrições.
O quórum varia pois é de 50% mais um das cadeiras ocupadas. Atualmente, 36 cadeiras estão ocupadas. Logo o quórum é de 19 votos.
IMPASSE
Na eleição anterior, disputaram o Desembargador Jones Figueiredo, o filósofo Flávio Brayner e o médico Aurélio Molina. Nenhum deles alcançou o quórum mínimo.
Para a disputa de ontem, concorreram o jornalista e escritor Ângelo Castelo Branco e o Filósofo Flávio Brayner, que se representou, numa estratégia ousada. Quebrou uma norma não escrita da Casa que é, em havendo impasse, ninguém que participou do pleito disputar a mesma vaga. Não funcionou. Extra oficialmente, sabe-se que Brayner foi bem votado. No entanto foi suplantado por pequena margem por Ângelo Castelo Branco. Este teve mais votos no último e decisivo escrutínio, chegou muito perto mas também não alcançou o quórum. Bateu na trave. Não haverá divulgação oficial da quantidade de votos de cada pleiteante. Como ocorreu na disputa anterior, ficou decidido que o resultado oficial é: “Nenhum dos candidatos inscritos atingiu nos quatro escrutinios o quórum mínimo necessario”.
VITALIDADE
Foi uma disputa equilibrada que mobilizou a APL. Dos 36 acadêmicos 35 participaram do pleito. 25 através de carta e 10 presencialmente. Ambos os candidatos mostraram prestígio e articulação. A intensidade e motivação da disputa mostra a qualidade dos candidatos e comprova a vitalidade da instituição, mesmo com as dificuldades da pandemia.
FIM E COMEÇO
A eleição de ontem foi o último ato comandado pelo atual dirigente Lucilo Varejão. Ele recebeu um voto de louvor, proposto pelo acadêmico José Nivaldo Junior, diretor de O PODER, subscrito pelos acadêmicos Silvio Neves Baptista e Flávio Chaves. A proposta destacou as dificuldades da gestão de Lucilo, o primeiro presidente em um século a administrar a Casa durante uma pandemia, tendo conduzido o barco a porto seguro.
Amanhã, quarta-feira 26/01, às 19 h, toma posse a nova diretoria da APL, tendo como presidente o Acadêmico Lourival Holanda, vice Luzilah Gonçalves Ferreira, secretário Dirceu Rabelo e tesoureira Ana Maria Cesar.
Fonte: Jornal O PODER.