Vicente Nunes
Correio Braziliense
O gabinete do ódio, comandado pelo vereador Carlos Bolsonaro, já recebeu sua próxima missão: detonar o mais rápido possível a terceira via, vista como principal ameaça para a reeleição do presidente Jair Bolsonaro em 2022.
A pressa tomou conta, diante da decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de deixar o DEM para se filiar ao PSD, pelo qual deve ser candidato à Presidência da República. Ainda que seja totalmente desconhecido do grosso da população, pode ganhar embalo quando a campanha começar.
COM FAKE NEWS – Carlos Bolsonaro está montando toda a estratégia para tentar desconstruir, com fake news, os possíveis candidatos da terceira via que tendem tirar votos do pai e ainda agregar a direita que abandonou Bolsonaro, decepcionada com os rumos que o governo tomou, sobretudo ao jogar para o alto a bandeira do combate à corrupção.
Neste primeiro momento, o foco principal da empreitada de Carlos Bolsonaro é o ex-juiz Sérgio Moro. Ele é visto como um “tirador” de votos de Bolsonaro, pois ainda tem forte representatividade na direita conservadora. Várias ações contra ele estão a caminho.
Para Bolsonaro, o que importa é que ele e Lula levem a disputa para o segundo turno. O presidente tem a certeza de que, com o petista, ele conseguirá ressuscitar “o maior partido de 2018”, o antipetismo, que foi fundamental para levar o capitão ao Palácio do Planalto.