O presidente da Sinovac, Weidong Yan, insinuou que o Partido Comunista da China (PCC) poderia atrasar o envio de insumos de vacinas contra a Covid-19 ao Brasil caso o presidente Jair Bolsonaro não adotasse uma postura mais pacífica com o país asiático.
A informação consta em uma carta da Embaixada do Brasil em Pequim, enviada ao Ministério das Relações Exteriores. O conteúdo do documento foi publicado nesta quarta-feira (09) pelo jornal O Globo.
Ele descreve uma reunião ocorrida em 19 de maio na capital chinesa entre diplomatas brasileiros com o CEO da farmacêutica chinesa da CoronaVac.
No início do encontro, representantes do Itamaraty e do Instituto Butantan demonstraram preocupação com a quantidade baixa de matéria-prima para a produção de imunizantes.
Ao ser questionado se a Sinovac conseguiria fornecer o estoque contratado pelo Brasil, Weidong disse: “Seria conveniente, para o processo, que o governo brasileiro buscasse desenvolver uma relação mais fluida e positiva com o governo chinês”.
Conforme a papelada, quando o assunto é a aquisição de vacinas, o presidente da Sinovac “realçou a importância de um bom diálogo entre Brasília e Pequim”.