Por Renata Bezerra de Melo – Folhape
O debate ainda é incipiente nas hostes socialistas, onde o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio, é tido como nome natural e favorito para concorrer ao Governo do Estado em 2022. Mas, na hipótese de um plano B se fazer necessário, dizem socialistas em conversas reservadas, não é só o nome de José Neto, secretário da Casa Civil, que vem sendo considerado. A outra alternativa que vem ganhando eco nos bastidores atende pelo nome de Décio Padilha, secretário da Fazenda do Estado. À coluna, auxiliares do governador sublinham que essa hipótese “não é impossível” e estaria ancorada na linha de, mais uma vez, investir na construção de um nome técnico, como já foram feitas pelo ex-governador Eduardo Campos, apostas no próprio Geraldo Julio e e no governador Paulo Câmara. A classificação na Capacidade de Pagamento (Capag) nível B, concedida a Pernambuco recentemente pelo Tesouro Nacional, que apura a situação fiscal dos Entes Subnacionais interessados em contrair novos empréstimos com garantia da União, reforça essa lógica. Isso equivale a uma permissão ao Estado de contrair, a partir janeiro, empréstimos numa margem de até R$ 2,4 bilhões.
Já se falava, nas coxias, que esse “respiro” no caixa poderia mudar a tônica do debate de 2022 na Frente Popular. A ideia, no entanto, parece ganhar musculatura. “Se o nome natural não vingar, o caminho será buscar, preferencialmente, um nome do partido dentre as alternativas”, observa, à coluna, uma fonte socialista em reserva, lembrando que Eduardo Campos tomou a decisão, à época, sobre seu sucessor, em cima de quatro opções: Paulo Câmara, Danilo Cabral, Tadeu Alencar e Maurício Rands. “Se Geraldo não vingar, vai ser preciso um terceiro nome”, calcula outra fonte à coluna, admitindo que pode estar havendo reação no partido ao nome de Geraldo, embora essa mesma fonte repise ser o ex-prefeito o favorito. Ao mesmo tempo, compara a condição de Décio a de Eduardo Campos a e a do próprio Paulo Câmara, ex-secretários da Fazenda.