De acordo com o relato de cidadãos e cidadãs do Recife, que procuraram o gabinete da parlamentar, a unidade identificada como Hospital Recife I estaria operando por dias seguidos sem medicamentos bloqueadores neuromusculares, essenciais para a utilização durante procedimentos de intubação de pacientes graves.
Desde o último dia 12 um pedido de informação foi encaminhado pela deputada para a secretária de Saúde do Recife, Luciana Albuquerque. Até a tarde de hoje não foi enviada nenhuma manifestação negando ou confirmando as denúncias ou dando qualquer explicação sobre o tema, que é gravíssimo.
“Esse tipo de medicação é essencial para uma série de procedimentos, inclusive de entubação de pacientes com necessidade de ventilação mecânica. De acordo com diversos depoimentos de profissionais de saúde coletados na imprensa local e nacional, a falta bloqueadores neuromusculares pode colocar em risco o sucesso do tratamento de pacientes graves, inclusive com risco de morte. É fundamental que a Secretaria de Saúde explique o que realmente está acontecendo.
As pessoas que nos procuraram estão desesperadas e vieram pedir ajuda porque não conseguiram informações ou soluções do poder público municipal. Acabamos de testemunhar o que aconteceu em Manaus, onde muitas pessoas morreram por falta de um insumo básico, o oxigênio. É preciso ter transparência máxima e respeito com a população!”, destacou Marília Arraes.
Vacinação
Durante o anúncio do plano de vacinação, a Prefeitura do Recife detalhou, por exemplo, quais as categorias dos profissionais de saúde que serão imunizados nas fases iniciais da campanha. Também há uma grande confusão com relação aos números. Inicialmente, o Recife deverá receber, através do Ministério da Saúde, 67 mil doses da vacina Coronavac, produzidas pelo Instituto Butantan. Esse total é suficiente apenas para a aplicação das duas doses em 33,5 mil pessoas.
Na planilha apresentada pelos representantes da Prefeitura do Recife, a primeira fase da vacinação contemplaria pessoas nas faixas etárias de 80 anos acima, de 75 a 79 anos, trabalhadores da saúde, idosos acima de 60 anos e trabalhadores de Instituições de Longa Permanência de Idosos e pessoas com deficiência, com mais de 18 anos, que residam em residências inclusivas coletivas.
No entanto, o detalhamento da aplicação fica restrito a um quadro apresentando em um segundo momento que aponta apenas os números de profissionais de saúde (32,5 mil) e outras mil pessoas que seriam (idosos com mais de 60 anos residentes em instituições coletivas, trabalhadores destas unidades e pessoas com mais de 18 anos, com deficiência, residente em instituições coletivas). Não há detalhamento sobre os demais grupos de idosos, assim como a sequência dos demais grupos a serem atendidos nas fases 2, 3 e 4.