Para a análise, o G1 levou em conta os partidos da coligação do prefeito e também dos vereadores eleitos. Eventuais apoios após o registro da candidatura (como os feitos após o primeiro turno) não foram considerados, já que não há dado oficial sobre isso.
O prefeito Bruno Reis (DEM), eleito em Salvador, já toma posse com o maior apoio. Dos 43 vereadores que se elegeram, 31 são filiados a partidos que formaram a coligação de Reis. Assim, o próximo prefeito deve iniciar a gestão com ao menos 72% de apoio na Câmara Municipal.
Já em Vitória Delegado Pazolini (Republicanos) pode encontrar mais dificuldade para formar uma coalizão. O percentual de apoio dos vereadores é 7%, o menor entre as 25 capitais. Há apenas um vereador filiado ao Republicanos (Delegado Piquet) e nenhum aos demais partidos da coligação. A Câmara Municipal de Vitória tem, no total, 15 vereadores.
O prefeito depende do apoio de vereadores para realizar parte das promessas do plano de governo – a discussão e aprovação do Orçamento do município, por exemplo, precisa ser feita na Câmara.
Além disso, outras proposições que tratam de temas da cidade, como o Plano Diretor, são debatidas e votadas pelos vereadores. Um eventual impeachment ou Reforma da Previdência também dependem de um aval dos vereadores.
Outro levantamento feito pelo G1 mostra que 3,4 mil prefeitos eleitos no primeiro turno devem ter apoio da maioria da Câmara Municipal. Já em 1.984 cidades os prefeitos ainda precisam ampliar o apoio do Legislativo municipal para conquistar ao menos a maioria da Casa. Em média, os prefeitos eleitos no primeiro turno já começam o mandato com apoio de 56% dos vereadores da Câmara Municipal.