Carolina Brígido
O Globo
O hacker português que tentou invadir o sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no primeiro turno das eleições municipais fez nova investida no dia 19, quatro dias depois das votações. Nas duas vezes, não obteve êxito.
A polícia portuguesa, em cooperação com a Polícia Federal, prendeu o suspeito neste sábado. A Justiça do Distrito Federal determinou a prisão de três brasileiros apontados como co-autores das tentativas de invasão. Eles moram em São Paulo e Minas Gerais. A mesma decisão judicial determinou, em relação aos brasileiros, busca e apreensão de documentos, aparelhos eletrônicos que armazenam dados, pendrives, smartphones, telefones, tablet, notebook e roteadores de internet.
QUEBRA DE SIGILO – Também foi autorizada a quebra de sigilo dos dados de e-mail dos três, em endereços do Gmail e Hotmail. Ainda por decisão judicial, foi decretada medida cautelar de proibição de contato entre os três investigados.
Segundo a decisão judicial, há elementos que indicam que o hacker em Portugal se comunicou com os brasileiros por chat e posts na internet. Ainda de acordo com a decisão, o português tentou realizar ataques nos dias 15 e 19 com a ajuda do grupo de brasileiros.
No dia do primeiro turno, o presidente do TSE afirmou que havia suspeita de que o grupo também era investigado em inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF) que apuram fake news e atos antidemocráticos, mas a hipótese não se confirmou. A Justiça Federal em Brasília atuou no caso porque o crime foi cometido contra o TSE.