A Organização dos Estados Americanos (OEA) pediu em relatório preliminar de hoje que todos os votos considerados válidos das eleições presidenciais dos Estados Unidos sejam contados “quando recebidos dentro dos parâmetros das regras e regulações existentes nos respectivos estados”.
Além disso, a OEA afirmou que a campanha foi “competitiva e agressiva” e disse que “uma campanha em particular lançou repetidos ataques ao seu principal rival, assim como à integridade do sistema eleitoral do país”. A organização não diz de qual candidatos partiram esses ataques.
“Esses ataques serviram para dividir ainda mais o processo eleitoral e um eleitorado já altamente polarizado”, diz o relatório.
No documento, a OEA elogiou os “esforços extraordinários” das autoridades americanas em “expandir as opções de votação”. Milhões de eleitores votaram por correio, parte deles para evitar aglomerações nesta pandemia.
O presidente Donald Trump, que tenta a reeleição, vem atacando o sistema eleitoral americano e acusa, sem apresentar provas, fraude. Do outro lado, o candidato democrata Joe Biden pede calma e diz que todos os votos devem ser contados.
A organização disse também que “todos os candidatos devem ter garantido o direito de reclamação e recurso judicial, quando feitos dentro dos parâmetros legais”.
A missão da OEA que acompanha as eleições americanas chegou nos EUA em 3 de janeiro e permanecerá no país até janeiro de 2021, quando haverá a leitura dos votos do Colégio Eleitoral no Congresso. São 28 especialistas e observadores de 13 países que integram a organização.
Um dos observadores é o presidente do Tribunal Superior Eleitoral brasileiro, o ministro Luís Roberto Barroso. Ele viajou aos EUA a convite dos conselhos eleitorais do estado de Maryland e de Washington DC, informou a assessoria do TSE.