A Itália irá reabrir as fronteiras com a União Europeia a partir de 3 de junho e vai suspender o isolamento obrigatório de 14 dias para visitantes estrangeiros.
As medidas foram anunciadas neste sábado (16) após a reunião do Conselho de Ministros – que durou cerca de 10 horas e foi presidida pelo chefe de governo Giuseppe Conte. Elas poderão ser revistas com base no “risco epidemiológico”, ou seja, caso haja aumento no número de registros de infecção.
A restrição de circulação havia sido adotada para tentar conter o avanço da pandemia do novo coronavírus. Até as 10h30 deste sábado, a Itália registrava 233,8 mil casos confirmados da doença e 31,6 mil mortes, de acordo com o balanço da universidade norte-americana Johns Hopkins.
“A abertura das fronteiras italianas aos cidadãos europeus não apenas favorece o turismo, como também salva as colheitas com o retorno de cerca de 150 mil diaristas de Romênia, Polônia e Bulgária”, disse um dos principais sindicatos agrícolas, o Coldiretti.
O turismo é um dos principais setores da economia italiana e contribui para algo em torno de 13% do PIB.
18 de março – O Grande Canal perto da Ponte Rialto, em Veneza, é visto com águas claras como resultado da interrupção do tráfego de lanchas após o bloqueio do país durante a nova crise de coronavírus — Foto: Andrea Pattaro/AFP
Viagens liberadas e igrejas reabertas
Confinados desde 10 de março e autorizados a se deslocar apenas em seu município por razões de saúde, ou a trabalho, os italianos serão autorizados a transitar dentro de sua região a partir de segunda-feira (18), de acordo com o comunicado do governo.
Também a partir de segunda, as igrejas romanas reabrirão, incluindo a emblemática Basílica de São Pedro, no Vaticano
A partir de 3 de junho, os italianos também poderão viajar livremente por todo país, sem restrições, a menos que haja um surto da epidemia.