No fim da tarde, o presidente saiu para cumprimentar cerca de 50 apoiadores que o aguardavam na portaria do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, e indicou que deve participar de novos atos pró-governo amanhã. “Onze horas na rampa”, comentou, em referência à rampa do Palácio do Planalto, de onde costuma acompanhar as manifestações.
Bolsonaro disse que não falaria com jornalistas. Indagado por profissionais da imprensa sobre a escolha do novo ministro da Saúde, o presidente permaneceu em silêncio. O presidente também assistiu à cerimônia de descendimento da Bandeira Nacional.
A alguns metros, apoiadores se aglomeravam para tirar fotos e acompanhar a cena. Pouco antes, quando mais pessoas pediram para fazer um registro mais próximo, o presidente negou. “Se eu chegar perto, vocês vão ver a festa que vai fazer”, disse, fazendo referência aos repórteres.
A intenção de fazer o novo pronunciamento – o sexto desde o início da crise – foi revelado pelo presidente na última quinta-feira, 14, durante uma videoconferência com empresários no Planalto. “Nós temos que ter mais do que comercial de esperança, transmitir a confiança. Tanto é que vamos ter um pronunciamento gravado para sábado à noite nessa linha”, disse na ocasião.
Bolsonaro defende a reabertura econômica do país e o chamado “isolamento vertical”, que tira de circulação apenas idosos e contaminados.
Cloroquina
O presidente voltou a defender o uso da cloroquina, remédio que ainda não teve sua eficácia comprovada contra o novo coronavírus em sua rede social. Na postagem, ele diz que “um dos efeitos colaterais da cloroquina, remédio baratíssimo, é prevenir a corrupção”. A cloroquina tem sido indicada com precaução por médicos principalmente devido aos riscos cardíacos”.
A cloroquina foi um dos pontos que causaram a saída do ex-ministro Nelson Teich do governo. Bolsonaro queria que a pasta recomendasse formalmente o uso da cloroquina, até mesmo em pacientes com sintomas leve da covid-19.