O Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino (Simpere) informou que as negociações de pagamento salarial foram iniciadas em fevereiro, mas as propostas da Prefeitura do Recife (PCR) foram rejeitadas.
“A proposta mais recente da Prefeitura é de realizar o reajuste parcelado em três percentuais, que gerariam um aumento gradual a partir de outubro, até que chegasse ao índice do piso em dezembro. Em outubro, os professores receberiam 4,5% de aumento, em novembro esse valor seria reajustado em 4%, e em dezembro o somatório dos aumentos seria reajustado em mais 3,83%, chegando assim aos 12,84% sem o retroativo a janeiro”.
Além da reivindicação do piso salarial, a categoria apresentou demandas como realização de concursos públicos para suprir a demanda das escolas da rede municipal, eleições diretas para gestores de escolas, autonomia no uso da carga horária voltada para planejamento de aulas e provas (Aula Atividade), abertura de nova lista para acréscimo de carga horária e ampliação e melhoria do plano de saúde do servidor municipal (Saúde Recife).
“O Simpere é contra a proposta de reajuste da Prefeitura, visto que a receita corrente líquida de Prefeitura cresceu 7,5% em 2019, e para que a lei seja respeitada, basta ter vontade política para refazer as contas e valorizar o profissional da educação”, explica Claudia Ribeiro, Coordenadora Geral do Simpere.
Em nota, a Prefeitura do Recife informou que foi surpreendida com a decisão dos professores e que pagará o piso salarial a partir do mês de março.
“A Prefeitura do Recife informa que vai pagar o piso salarial estabelecido pela Lei Federal n° 11.738/2008, a partir deste mês. Colamos a proposta da extensão do reajuste de 12,84% para toda a categoria, aplicado em três parcelas (4,5% em outubro, 4% em novembro e 3,83% em dezembro). A decisão do sindicato em pleno ambiente de negociação só prejudica os 90 mil alunos da rede municipal de ensino e seus familiares”.