Para o jornalista, fundador do site The Intercept levou o que sempre mereceu, um tabefe
Em novembro, os jornalistas Augusto Nunes e Glenn Greenwald foram protagonistas de uma briga após uma discussão ocorrida no programa Pânico, da rádio Jovem Pan. Na ocasião, Nunes disse, em nota, que lamentava ao ocorrido. Nesta terça-feira (7), ele voltou ao assunto em uma entrevista ao site Conexão Política em que disse não se arrepender e afirmou que “faria tudo outra vez”.
A troca de socos no programa começou após Glenn apontar o dedo para o rosto de Nunes e chamá-lo de covarde por causa de um comentário a respeito de seus filhos. A briga acabou sendo apartada por outros membros do programa e da produção. Augusto Nunes, no entanto, considera que Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil, “levou o que ele sempre mereceu”.
– Eu faria tudo outra vez e queria aproveitar a oportunidade para deixar claro que eu escrevi aquela carta de explicações [somente] para os meus amigos. Em nenhum momento você lê [na nota], qualquer palavra parecida com ‘desculpa’. Não peço desculpas, não tenho desculpas a pedir (…) Quando ele me chamou de covarde pela quinta vez, eu lamentei muito não estar em ótima forma física porque eu já queria pegar no meio, uma primeira pancada, para ele sossegar, mas tive a sorte que o pessoal apartou (…) Ele [Glenn] levou o que ele sempre mereceu: Um tabefe. É o que pode haver de mais desmoralizante para um homem – explicou.
Ao ser informado de que suas declarações iriam repercutir, Nunes afirmou que não se arrepende da agressão.
– É para repercutir mesmo. E eu não me arrependo (…) O que eu mais ouvi de pessoas importantes é anônimos é: “você fez o que eu tenho vontade de fazer, porque ele é insolente e ele vai aprender agora. Esse aí não insulta ninguém a menos de 1 quilômetro de distância pelo resto da vida” – completou.
O jornalista também criticou os vazamentos de conversas de integrantes da operação Lava Jato.
– Só o Gilmar Mendes pode enxergar provas num material roubado. É um completo absurdo. O que eu vi ali [nas mensagens], com toda honestidade, são fofocas. Eu tenho um irmão que é promotor e conversa com o juiz o tempo todo, até mesmo para concluir se o cara é inocente, ele avisa o juiz, eles conversam. Ali [na Vaza Jato] você tem um grupo de promotores e um magistrado empenhados em botar na cadeia uma quadrilha. Estão de parabéns, os integrantes da Lava Jato, que é a maior e mais bem sucedida operação anticorrupção da história – ressaltou.
Durante a entrevista, Nunes também elogiou o governo do presidente Jair Bolsonaro.
– Eu devo creditar a ele todo o mérito pela montagem de um ministério que é um dos melhores que eu já conheci (…) O Brasil está melhor do que no dia da posse de Bolsonaro. Eu me fixo em resultados – apontou.