O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin homologou o acordo de delação premiada firmado entre a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o ex-presidente da construtora OAS, Léo Pinheiro (foto), no âmbito das investigações da Operação Lava Jato. As acusações feitas pelo delator estão em segredo de Justiça.
Após a homologação, a defesa de Pinheiro pediu à 12ª Vara Federal em Curitiba que o ex-executivo deixe a prisão e passe a cumprir prisão domiciliar, com monitoramento por tornozeleira eletrônica, conforme foi combinado no acordo. Em função das investigações da Lava Jato, Pinheiro está preso há 3 anos e 4 meses na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba.
O acordo de delação levou pelo menos dois anos para ser fechado e foi encaminhado na última semana pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ao ministro Fachin, relator dos processos oriundos da Lava Jato no STF.
Em agosto de 2016, o então procurador-geral da República Rodrigo Janot suspendeu as negociações com a defesa de Pinheiro após o vazamento das informações sobre a delação para uma revista.
Agência Brasil
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Fachin arquiva cinco anexos da delação de Léo Pinheiro que mencionam um irmão de Toffoli, Rodrigo Maia, Humberto Martins e José Múcio. Denúncias haviam sido rejeitadas por Raquel Dodge
O Antagonista apurou que, ao homologar a colaboração premiada de Léo Pinheiro, o ministro Edson Fachin arquivou os cinco anexos rejeitados por Raquel Dodge.
Eles mencionam um irmão de Rodrigo Maia, Humberto Martins, José Múcio e um irmão de Dias Toffoli.
Para que esses anexos sejam reabertos, será necessário o surgimento de novas provas. A decisão de Dodge provocou a demissão coletiva de seis integrantes da Lava Jato na PGR – que agora foram convidados por Augusto Aras.
O Antagonista