O procurador Deltan Dallagnol incentivou que o ministro Dias Toffoli fosse investigado sigilosamente em 2016 por colegas em Brasília. A determinação ocorreu porque o atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) começava a ser visto pela operação Lava Jato como um adversário disposto a frear o avanço das investigações. Essas afirmações foram reveladas por mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil em parceiria com o jornal Folha de São Paulo.
As mensagensm revelam ainda que Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, buscou informações sobre as finanças pessoais de Toffoli e a mulher e evidências que os ligassem a empreiteiras envolvidas com a corrupção na Petrobras.
Ministros do STF não podem ser investigados por procuradores de primeira instância, como Dallagnol e os demais integrantes da força-tarefa. A Constituição diz que eles só podem ser julgados pelo próprio tribunal, onde quem atua em nome do Ministério Público Federal é o procurador-geral da República.
Segundo a reportagem, Dallagnol desprezou esses limites e estimulou uma ofensiva contra Toffoli e sugerem que ele também recorreu à Receita Federal para levantar informações sobre o escritório de advocacia da mulher do ministro, Roberta Rangel.
Com indormaçoes do