MONTANHAS DA JAQUEIRA – Nestes tempos politicamente corretos, lembrei de Rubens Ricúpero, ministro da Fazenda no Governo Itamar Franco e chamado de “sacerdotes do Plano Real”, idos de 1994. Protagonizou o chamado “Escândalo da Parabólica” e foi obrigado a renunciar ao cargo. O caso eu conto como o caso foi.
Cena número 1 – Diplomata de carreira e intelectual de altos teores, Ricúpero estava nos estúdios da TV Globo para participar de uma entrevista com o repórter Carlos Monforte sobre o engenhoso Plano Real. Sem saber que os microfones já estavam abertos, soltou o verbo:
“Eu não tenho escrúpulos. Eu acho que é isso mesmo: o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde”.
Cena número 2: O Capitão Marvel reúne-se com a Imprensa internacional no Planalto. Alô-som! Alô som:
“Daqueles governadores de “Paraíba” o pior é o do Maranhão”.
Cometeu um ato falho, navegou no preconceito disseminado no Rio de Janeiro e São Paulo, nas regiões Sul e Sudeste. Foi flagrado no éter, com o microfone aberto.
O governador do Maranhão não é “Paraíba”, nem é paraibano. Ele é um cara terrivelmente comunista, visceralmente hostil ao Capitão Marvel e ao Governo Federal.
Seja dito: o preconceito do Capitão Marvel não redime os crimes das camarilhas vermelhas em 16 anos no poder. As “tenebrosas transações” foram crimes de lesa-pátria.
Reconheço os pecados do Capitão Marvel. Mas uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa.
Noutros tempos, quando o guru da seita vermelha chamou as feministas de “mulheres do grelo duro” e disse que a cidade de Pelotas (RS) era um polo exportador de viados, não houve nenhum escândalo.
Agora, o primordial é o projeto de Nação, para reconstruir o Brazil devastado depois do dilúvio vermelho. O bate-estaca já começou a trabalhar.
Na área do turismo o Capitão Marvel “deu luz verde”(jargão dos paraquedistas) e o presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, liberou os vistos para o Canadá, Austrália, Japão e Estados Unidos. Existe um potencial exponencial de turismo em nossa vastidão territorial. Meta os peitos, Capitão Gilson Machado Neto!
Terrivelmente nordestino, oriundi da Serra da Borborema, eu sou pequenininho do tamanho de um vagalume, mas não bato continência para a caterva vermelha nem para os zumbis que trabalham com amor febril contra as plataformas de reconstrução nacional.