Por 48 votos a 24, Senado aprovou a criminalização do abuso de autoridade na quarta
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado / EstadãoO Senado aprovou na quarta-feira, 26, a um projeto sobre a criminalização do abuso de autoridade, prevendo a possibilidade de punição a juízes e investigadores em uma série de situações. O texto ainda deve ser analisado pela Câmara, uma vez que houve alteração ao que havia sido aprovado pelos deputados em 2017. A votação foi considerada uma reação da classe política às operações recentes contra corrupção, como a Lava Jato.
Em um intervalo de sete horas, o PL do abuso de autoridade, parado na Casa há pelo menos dois anos, foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário, em votação simbólica – quando o voto individual dos senadores não é registrado.
No mesmo projeto aprovado sobre abuso de autoridade, o Senado decidiu recuperar uma proposta do pacote que ficou conhecida como “10 medidas contra a corrupção” e criminalizar o caixa 2 eleitoral. A proposta também torna crime a compra de votos.Hoje, as duas condutas são consideradas ilícitos eleitorais.
Horas depois de o Senado aprovar o PL do abuso de autoridade, o ministro Sérgio Moro, da Justiça e Segurança Pública, jantou com senadores. O ministro, que é contrário a medidas dessa natureza, foi um dos primeiros a chegar ao apartamento do senador, acompanhado da mulher.
Veja, abaixo, como votou cada senador
A favor do texto-base do projeto
Acir Gurgacz (PDT-AC)
Angelo Coronel (PSD-BA)
Antonio Anastasia (PSDB-MG)
Carlos Viana (PSD-MG)
Chico Rodrigues (DEM-RR) (*)
Cid Gomes (PDT-CE)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Confúcio Moura (MDB-RO)
Daniella Ribeiro (PP-PB)
Eduardo Braga (MDB-AM)
Eduardo Gomes (MDB-TO)
Eliziane Gama (Cidadania-MA)
Fernando Coelho (MDB-PE)
Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)
Humberto Costa (PT-PE)
iRAJÁ (PSD-TO)
Izalci Lucas (PSDB-DF)
Jader Barbalho (MDB-PA)
Jaques Wagner (PT-BA)
Jarbas Vasconcelos (MDB-PE)
Jayme Campos (DEM-MT)
Jean Paul Prates (PT-RN)
José Serra (PSDB-SP)
Kátia Abreu (PDT-TO)
Lucas Barreto (PSD-AP)
Luiz do Carmo (MDB-GO)
Mara Gabrilli (PSDB-SP) (*)
Marcelo Castro (MDB-PI)
Marcio Bittar (MDB-AC)
Marcos Rogério (DEM-RO)
Mecias de Jesus (PRB-RR)
Nelsinho Trad (PSD-MS)
Omar Azis (PSD-AM)
Otto Alencar (Podemos-PR)
Paulo Paim (PT-RS)
Paulo Rocha (PT-PA)
Renilde Bulhões (PROS-AL)
Roberto Rocha (PSDB-MA)
Rodrigo Pacheco (DEM-MG)
Rogério Carvalho (PT-SE)
Romário (Podemos-RJ)
Sérgio Petecão (PSD-AC)
Simone Tebet (MDB-MS)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Wellington Fagundes (PL-MT)
Weverton (PDT-MA)
Zenaide Maia (PROS-RN)
Zequinha Marinho (PSC-PA)
Contra o texto-base do projeto
Alessandro Vieira (Cidadania-SE) (*)
Alvaro Dias (Podemos-PR) (*)
Arolde Oliveira (PSD-RJ)
Eduardo Girão (Podemos-CE) (*)
Elmano Férrer (Podemos-PI) (*)
Esperidião Amin (PP-SC) (*)
Fabiano Contarato (Rede-ES) (*)
Flávio Arns (Rede-PR) (*)
Jorge Kajuru (PSB-GO) (*)
Jorginho Mello (PL-SC) (*)
Juiza Selma (PSL-MT) (*)
Lasier Martins (Podemos-RS) (*)
Leila Barros (PSB-DF) (*)
Luis Carlos Heinze (PP-RS) (*)
Major Olimpio (PSL-SP) (*)
Marcos do Val (Cidadania-ES) (*)
Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) (*)
Plinio Valério (PSDB-AM)
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) (*)
Reguffe (Sem partido/DF) (*)
Rodrigo Cunha (PSDB-AL) (*)
Rose de Freitas (Podemos-ES)
Soraya Thronicke (PSL-MS) (*)
Styvenson Valentin (Podemos-RN) (*)
(*) Votaram simbolicamente contra a aprovação dos artigos 8º e 9º do projeto de lei, que prevê abuso de autoridade cometido por juízes, promotores e procuradores