O presidente de honra da Academia Pernambucana de Letras (APL), Marcos Vinicius Rodrigues Vilaça, recebeu na tarde dessa segunda (10) uma homenagem pelos seus 80 anos.
Nascido em Nazaré da Mata (PE), em 30 de junho de 1939, Marcos tem uma longa trajetória dedicada principalmente à cultura brasileira. O auditório da APL, no bairro das Graças, ficou lotado de colegas de Academia, políticos, intelectuais e muitas outras pessoas que vieram participar da celebração.
A cerimônia contou com a apresentação do Coral do Colégio Santa Maria (que envolve crianças, professores e funcionários, dos seis aos 80 anos) e de um quarteto de clarinetes. Entre os presentes, destacou-se a acadêmica Marly Motta, viúva do poeta e escritor Mauro Motta, que aos 93 anos fez questão de prestigiar Marcos Vilaça.
“Ele nasceu no interior mais rude do Brasil e conseguiu chegar a ser Ministro da Cultura, presidente da Legião Brasileira de Assistência (LBA), presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), presidente da Academia Pernambucana de Letras (ABL) e, por quatro vezes, presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL). O trajeto dele é a prova da força da Educação como instrumento de transformação do homem e da sociedade”, disse o escritor e advogado José Paulo Cavalcanti Filho, que fez uma saudação pública ao amigo, em companhia de sua esposa e também acadêmica da APL, Lecticia Cavalcanti.
“Ele dedicou a vida à Cultura, e por onde passou deixou a marca da eficiência e da objetividade. Mas dentre as diversas atividades que ele exerceu, gosto de destacar sua importância para esta Casa”, afirmou por sua vez a presidente da APL, Margarida Cantarelli. “Falo nos dois sentidos. Ele foi importante porque conseguiu dar visibilidade à instituição, como presidente. E em relação ao imóvel, ele atuou junto ao governo do Estado para conseguir a doação deste espaço para a Academia, na década de 1960. Na sequência, ele e Maria do Carmo Vilaça conseguiram doações de objetos para decorar o espaço de forma adequada”, relembrou.
Indagado sobre sua atuação, Marcos Vilaça é modesto. “Não fiz nada, Pernambuco é que me deu as motivações”, declarou. Uma das características mais marcantes de suas gestões diante da Academia Brasileira de Letras foi a abertura a intelectuais que não são do meio literário de forma restrita, bem como aos vários setores da sociedade. “Tem que haver, sim, integração. Não podemos ficar isolados do mundo, sem contato, sem convivência. Nós não nos bastamos”, resumiu.
Fonte:Folhape