Villas Bôas culpa diretamente Olavo de Carvalho pelas crises do governo Bolsonaro

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Villas Bôas acompanhou Moro (de costas) na palestra na Câmara

Marco Grillo
O Globo

O ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas voltou a criticar nesta quarta-feira o ideólogo Olavo de Carvalho, que tem feito uma série de ataques ao núcleo militar do governo. Villas Bôas fez uma rápida presença na sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara, que estava ouvindo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Já fora da sala, o general, hoje assessor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), conversou rapidamente com jornalistas.

“Praticamente todas as crises que nós vivemos desde que o presidente Bolsonaro assumiu têm a participação direta ou indireta do Olavo de Carvalho, que não contribui. Temos tantas questões importantes que precisamos dar prioridade, e a gente fica dispersando energia com questões que absolutamente não contribuem para a solução dos problemas” — afirmou Villas Bôas.

REAÇÃO – Na segunda-feira, no Twitter, o general já havia reagido às investidas de Olavo contra os militares. O texto citava o “vazio existencial” e a “falta de princípios básicos de educação” do ideólogo. O texto também classificava Olavo como “Trótski de direita”.

O primeiro alvo militar do ideólogo foi o vice-presidente Hamilton Mourão. Em seguida, os ataques passaram a ser direcionados para o ministro Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo). Ambos retrucaram as ofensas, mas a entrada de Villas Bôas no debate foi interpretada com um sinal de que o núcleo militar não vai ceder ao grupo do governo alinhado a Olavo. O ideólogo, por sua vez, não recuou e também atacou o ex-comandante do Exército. Na terça-feira, Bolsonaro evitou repreender Olavo e não saiu em defesa dos militares.

HERÓI NACIONAL – No período em que esteve na comissão da Câmara nesta quarta-feira, Villas Bôas foi festejado por vários deputados, com quem tirou fotos, e saudado por Moro como um “modelo de homem público e verdadeiro herói nacional”.

Na saída, o general também elogiou o ministro e defendeu o conjunto de medidas do pacote anticrime, em tramitação no Congresso.

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