Karla Gamba
O Globo
Ao comentar o caso de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) nesta terça-feira, o presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, voltou a criticar o estardalhaço que se faz em torno do filho mais velho de Bolsonaro. “O único problema do senador Flávio é o sobrenome, se o sobrenome dele fosse Silva…” – disse Mourão quando chegava em seu gabinete no Palácio do Planalto.
Mourão sugeriu que o caso envolvendo o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro está tendo um tratamento diferenciado em função de Flávio ser filho do presidente.
REPERCUSSÃO – “O problema é dele, mas há essa repercussão toda pelo sobrenome. Assim como ele, tem mais outros 25 deputados lá na Assembleia Legislativa investigados por problemas similares” – argumentou.
O presidente em exercício afirmou ainda que o governo estava “tranquilo” e que as investigações envolvendo Flávio Bolsonaro, por enquanto, não interessavam ao governo:
“O governo está tranquilo, esse não é um fato que nos interesse por enquanto. Quando passar a interessar aí será divulgado o que for necessário” – disse Mourão.
NOVA DENÚNCIA – Mourão foi indagado se causava algum constrangimento a notícia de que Flávio Bolsonaro empregou em seu gabinete na Assembleia a mãe e a mulher do capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, tido pelo Ministério Público do Rio como o homem-forte do Escritório do Crime, organização suspeita do assassinato de Marielle Franco. O presidente em exercício alegou que ficou sabendo do assunto hoje e por isso não tinha condições de opinar. Mourão concluiu dizendo que a Justiça estava fazendo seu trabalho e ele aguardaria a investigações:
“Esse assunto eu ouvi agora, não tenho condições de emitir nenhum juízo. Vamos aguardar para ver quais são as extensões dos acontecimentos. A Justiça está fazendo o trabalho dela e a gente tem que aguardar” – conclui o presidente em exercício.