Em seu discurso de abertura no Fórum Econômico Mundial em Davos o presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre seus compromissos de campanha e prometeu maior abertura da economia brasileira lembrando aos representantes presentes na Suíça de que “o Brasil precisa deles, assim como eles precisam do Brasil”.

Afirmando estar emocionado em se dirigir a uma seleta plateia, Bolsonaro buscou, em seu discurso, ressaltar seus feitos na campanha eleitoral e sua projeção de mudança para o Brasil.

Lembrando seus gastos de campanha, o presidente afirmou que foi “injustamente atacado a todo tempo” durante a corrida eleitoral, e se colocou como o primeiro líder brasileiro a reunir uma equipe qualificada livre “das ingerências político-partidárias”.

No campo econômico, Jair Bolsonaro afirmou que assumiu o país em uma profunda crise e prometeu abrir a economia brasileira para o comércio internacional.

“Tenham certeza de que, até o final do meu mandato, nossa equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, nos colocará no ranking dos 50 melhores países para se fazer negócios”, disse o presidente.

Bolsonaro ainda prometeu que seu governo diminuirá as cargas tributárias e afirmou que, sendo o Brasil o país que mais preserva o meio-ambiente no mundo, tem como desafio “avançar na compatibilização entre a preservação do meio ambiente e da biodiversidade com o necessário desenvolvimento econômico, lembrando que são interdependentes e indissociáveis”.

O presidente ainda afirmou que irá investir em segurança para que os representantes ali presentes possam vistar o Brasil com suas famílias. No discurso, Bolsonaro afirmou que o Brasil é um paraíso pouco conhecido, não estando entre os primeiros 40 destinos mais visitados no mundo.

Bolsonaro ainda citou a presença do ministro da Justiça, Sergio Moro, a quem chamou de “o homem certo para combater a corrupção”, e afirmou que as relações exteriores do Brasil serão dinamizadas pelo chanceler Ernesto Araújo, cuja política deixará de lado “o viés ideológico”.

O presidente ainda falou na defesa da família e dos “verdadeiros direitos humanos”.”Tendo como lema ‘Deus acima de tudo’, acredito que nossas relações trarão infindáveis progressos para todos”, finalizou o presidente.

Após o discurso, Jair Bolsonaro foi questionado sobre alguns temas pelo presidente do Fórum, Klaus Schwab, que começou perguntando sobre a questão ambiental.

De acordo com o presidente, o Brasil quer estar sintonizado com o mundo na redução das emissões e na preservação do meio ambiente.

Sobre a integração da América Latina, Bolsonaro afirmou que já iniciou conversas com líderes da região. “Não queremos uma América bolivariana”, disse o presidente Bolsonaro, acrescentando que “a esquerda não prevalecerá nessa região”.