“Somos, fluindo de forma em forma docilmente, movidos pela sede do ser atravessamos o tempo.
O dia, a noite, a gruta e a catedral. Assim sem descanso as enchemos uma a uma, e nenhuma nos é o lar, a ventura, a tormenta.
Ora caminhamos sempre, ora somos sempre o visitante, ?A nós não chama o campo, o arado, a nós não cresce o pão.
Não sabemos o que de nós quer Deus. ?Que, barro em suas mãos, conosco brinca, barro mudo e moldável que não ri nem chora.
Barro amassado que nunca coze.? Ser enfim como a pedra, sólido! Durar uma vez!
Eternamente vivo é este o nosso anseio.? Que medroso arrepio permanece apesar de eterno.
E nunca será o repouso no caminho”
O Jogo das Contas de Vidro, Hermann Hesse
Descrito como sublime por Thomas Mann, este excelente romance valeu a Hermann Hesse a atribuição do Prémio Nobel da Literatura em 1946.