Paulo Câmara critica incentivo aos motociclistas

Paulo Câmara

Paulo Câmara                                            Foto: Divulgação

Após o candidato ao Governo de Pernambuco, senador Armando Monteiro Neto (PTB), prometer isenção do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para motocicletas de 180 cilindradas, o governador Paulo Câmara (PSB), candidato à reeleição, afirmou, nesta quarta (19), que a promessa do adversário reflete diretamente numa questão de saúde pública e que não ajuda a melhorar a qualidade de vida dos pernambucanos. “Essa é uma discussão que não vai ajudar a melhorar a qualidade de vida da população pernambucana”, declarou.

O gestor disse que os acidentes de motos representam cerca de 70% de ocupação nas emergências e isso “desmantelou muita coisa dessa questão das superlotações dos nossos hospitais”. “Hoje um acidentado de moto custa R$ 120 mil e ocupa 30 dias do nosso leito. Então, isso explodiu nos últimos anos. Pernambuco é um dos únicos estados, junto com Goiás e Espirito Santos, que evitou aumento ano a ano, mas não conseguiu diminuir o número de acidentes. Então, é uma discussão de saúde pública”, declarou ele, em sabatina no Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon-PE).

Semanas atrás, Monteiro havia prometido isenção do IPVA de motos 50 cilindradas, conhecida como “cinquentinha”. Câmara, todavia, frisou que este caso trata-se de legislação federal. A Lei em questão é 13.154/15, que obriga emplacamento de motocicletas deste modelo e pagamento de IPVA.

Aproveitando o ensejo, Câmara alfinetou o petebista, que copiou a proposta de pagar 13º Bolsa Família, um dia depois de ele ter feito. Ao pedir auxílio dos presentes em relação às experiências exitosas na área de gestão, o socialista cutucou: “Não tenho problema de copiar nada que seja bom

Após culpar a crise econômica para justificar as promessas não cumpridas, o governador reeditou criticas antigas ao presidente Michel Temer (MDB). Ao lembrar que Temer prometeu duas vezes e não devolveu a autonomia de Suape ao Estado, o socialista disse que ele era “pequeno” e “mesquinho”. “É uma forma pequena de pensar. Mas fazer o quê, ele é pequeno”, destacou.

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