Fornecedores confirmam pagamentos em dinheiro na obra de Maristela Temer

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A reforma da casa foi paga sempre com dinheiro vivo

Andreia Sadi e Marcelo Parreira
G1 Brasília

O blog teve acesso a depoimentos dos fornecedores de material para a reforma da casa de Maristela Temer, filha do presidente Michel Temer. Veja abaixo:

PIERO COSULICH, dono da Ibiza Acabamentos (no último dia 3) – Informou ter recebido em sua loja Maria Rita Fratezi (esposa do Coronel Lima), que informou estar encarregada da realização de uma obra de reforma em endereço residencial próximo à Ibiza Acabamentos. Ela teria adquirido materiais no valor de R$ 100 mil, pagamento dividido em 4 parcelas de R$ 20 mil e outras de valores menores.

Segundo ele, “quase a totalidade dos pagamentos foram realizados em cheques “caução”, não se recordando se em nome de Maria Rita ou de outra pessoa ou empresa, os quais eram trocados por Maria Rita por dinheiro, em espécie, quando da data de seu vencimento e em algumas ocasiões com algum pequeno atraso.” Ele também disse que “pode afirmar que todo material de fato foi entregue no endereço fornecido por MARIA RITA, o qual acredita que seja a residência de MARISTELA TEMER”.

Entre os itens adquiridos, ele lista porcelanato, cubas para banheiro e uma jacuzzi. Ele disse que a arquiteta nunca justificou ao depoentes as razões pelas quais realizava os pagamento em dinheiro em espécie. Ele reconheceu a assinatura da esposa dele, que administra a loja com ele, no recibo apresentado a ele.

CARLOS ROBERTO PINTO (no último dia 2) – Ele trabalhou na Argeplan entre 1990 e 1995, mas depois atuava apenas em casos esporádicos. Um dos empreendimentos da Argeplan em que trabalhou foi a reforma da casa de Maristela Temer. Segundo ele, “as questões técnicas relacionadas à prestação de serviços, executado pelo depoente na obra da residência de MARISTELA TEMER ocorreram todas por meio de MARIA RITA FRATEZI, inclusive a contratação do depoente”.

Segundo ele, sua atuação envolveu fazer o acompanhamento da questão legal da obra junto à Prefeitura de São Paulo. Segundo ele, a obra estava mais relacionada “à alteração do layout interno, troca de acabamentos, modernização interna, troca da fachada e também a reforma de uma edícula no fundo do imóvel.” Ele confirma que Maria Rita Fratezi era a responsável por acompanhar as obras e fazer as contratações. Ele disse ter recebido em torno de R$ 15 mil pelo trabalho.

Segundo ele, “não é habitual o pagamento em dinheiro em espécie para fornecedores, porém, a depender da negociação, às vezes se estabelecem tais termos entre o fornecedor e cliente, quando mais vantajoso para o cliente; que porém, geralmente tais transações não são bem vistas pois estão atreladas a possível não emissão de nota fiscal, sonegação de impostos ou mesmo visam ocultas reais pagadores.” (pp. 69 e 70)

Ele ainda disse que um dos orçamentos apresentados a ele, de R$ 1,3 milhão, estaria compatível com os serviços executados. E disse que, enquanto trabalhou para a Argeplan, fixo ou não, “não teve conhecimento de outras obras executadas em residências particulares pela empresa.”

NAYARA MÁRMORE DA SILVA (no último dia 3) – Ela informou conhecer Maristela há 15 anos por ser mais próxima da mãe de Maristela. Segundo ela, em 2011 Maristela pediu que ela fizesse uma “especificação de materiais” para ela, porque planejava reformar a casa. Ela disse ter feito e, em 2011 ou 2012, acompanhou Maristela em uma reunião na Argeplan.

Segundo ela, o engenheiro ou arquiteto da reunião (ela não se lembra o nome, mas acredita ser Fabiano) pediu os detalhes do que ela havia apresentado antes. Maria Rita Fratezi não participou da reunião e a obra não foi adiante.

Em 2013, ela teria sido procurada novamente por Maristela, que lhe pediu um orçamento. Ela afirmou ter ido com profissionais até a casa e orçado uma obra em R$ 900 mil, mas depois foi informada por Maristela que não faria a obra.

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