Uma frente de oposição que coloque fim a hegemonia política do PSB no estado também passa pela candidatura da vereadora Marília Arraes (PT), que lidera as pesquisas para o governo do estado como nome da oposição. Nova, carismática, e com o apoio de boa parte do PT – que sabe muito bem o que Eduardo Campos fez com o partido, praticamente dizimando-o na capital e no interior – Marília luta para vencer as resistências da corrente do senador Humberto Costa (PT), que defende uma composição com o PSB.
Despontando como uma candidata mais que competitiva, para o espanto do Palácio das Princesas – Marília vem sendo alvejada por contra-informações de alguns colunistas de que o PT teria “rifado” sua candidatura em prol da aliança com o PSB. Mais que óbvio que as notas partem do PSB que, depois de ter apoiado o “golpe”, quer voltar a surfar no prestigio eleitoral de Lula que permanece inalterado no Nordeste mesmo com ex-presidente na cadeia.
Essa semana, Marcos Arraes, tio do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, e pai da vereadora do PT Marília Arraes, pediu desfiliação do PSB, e fez duras críticas aos socialistas. Antonio Campos, candidato a senador pelo Podemos, foi outro que também saiu disparando contra o governador Paulo Câmara e a ex-primeira dama, Renata Campos. Isso lá atrás, depois de ter disputado a eleição de prefeito e ser “cristianizado” pelo próprio partido. “Dona Renata é quem governa e manda em tudo”, desabafou.
Marcos Arraes também fez duras criticas, dessa vez ao presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira. Em carta, ele disse que sua saída do partido é a “reafirmação dos valores e ideais pelos quais sempre procurei nortear minha conduta pessoal e a minha militância política”.
“Era o tempo de um PSB que se destacava entre os protagonistas na luta pela Inclusão Social, e defensor intransigente das causas que tornassem o Brasil um país mais justo e menos desigual”, disse Arraes, que também criticou o apoio do partido ao então presidenciável do PSDB, Aécio Neves (MG), em 2014. A aliança foi de encontro à própria história do PSB, completou.
A única briga agora de Marília será mesmo contra parte do seu partido, o PT. Vencida essa etapa, os dois palanques da oposição – embora ideologicamente opostos – irão se unir, mesmo numa composição “branca” para derrotar o PSB, retomar o Governo do Estado, e partir para a conquista da Prefeitura do Recife em 2022. Não existe outra alternativa. Anotem.
fonte:BlogdoRicardoAntunes