Victor Oliveira – Blog Os Divergentes
Nos últimos dias, noticiou-se à exaustão as negociações para a formação de uma chapa presidencial, que contaria com Geraldo Alckmin (PSDB) na cabeça e Henrique Meirelles (MDB) como vice. As condições para tal acordo incluiriam a defesa do legado do governo Temer por parte de Alckmin, que contaria com o apoio da máquina federal e partidos do centrão, garantindo-lhe grande tempo de TV durante a campanha. A confirmação deste acordo seria um tiro de misericórdia na claudicante candidatura tucana.
Dados das últimas pesquisas confirmam as dificuldades enfrentadas pelo ex-governador de São Paulo para fazer suas pretensões decolarem. Datafolha e IBOPE mostraram Alckmin perdendo para Jair Bolsonaro (PSL), em seu próprio estado, em qualquer cenário testado. Nos levantamentos nacionais, seus índices de intenção de voto não superam 8%, aparecendo distante do pelotão de frente na disputa.
O desafio do candidato tucano é conseguir resgatar o eleitorado do partido, que migrou em boa parte para Bolsonaro, e outra parte para o ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa (PSB). Tarefa árdua, visto que Bolsonaro e Barbosa tem perfil diametralmente oposto ao de Alckmin: são enérgicos e carismáticos, não estão envolvidos em escândalos de corrupção e são tidos como candidatos outsiders. Enquanto o tucano é calmo e sem graça (não à toa a alcunha de picolé de chuchu), está envolvido em inquéritos oriundos de delações da Odebrecht e é velho conhecido no sistema político, já tendo disputado a Presidência em 2006.
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