Jornal do Brasil
A desembargadora Marilia de Castro Neves Vieira, que divulgou fake news sobre a vereadora Marielle Franco, acusando-a, sem provas, de ter ligações com o crime organizado, pediu desculpas pelo post em carta. A magistrada também fez mea culpa sobre comentários direcionados ao deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) e a portadores de Síndrome de Down.
Marilia disse que Jean deveria ir para o “paredão de fuzilamento”. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu inquérito para investigar o comportamento da magistrada. A magistrada também postou na internet comentários em que ridicularizava uma professora que tem Síndrome de Down, como se a docente fosse incapaz de ensinar.
Sobre Marielle, a desembargadora publicou declaração em rede social e, criticada, excluiu o post: “A questão é que a tal Marielle não era apenas uma ‘lutadora’, ela estava engajada com bandidos! Foi eleita pelo Comando Vermelho e descumpriu ‘compromissos’ assumidos com seus apoiadores. Ela, mais do que qualquer outra pessoa ‘longe da favela’ sabe como são cobradas as dívidas pelos grupos entre os quais ela transacionava”.
Na reparação, disse que, depois das polêmicas, decidiu se “recolher” e que “chorou, foi abraçada e pensou muito”. Afirmou também que, depois das coisas que ouviu a seu respeito, veio, da professora a quem direciona a mensagem, a lição de que “precisamos ser mais tolerantes e duvidar de pré-conceitos”.