PMDB, PSDB e PT veem suas bancadas encolherem com a janela partidária

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Até agora, 44 deputados decidiram trocar de partido

Débora Bergamasco e Thiago Herdy
O Globo

Desde o dia 8 de março, quando começou a janela de trocas partidárias, deputados federais e estaduais estão em intensas negociações para buscar uma performance melhor na eleição de outubro. A seis dias do encerramento do prazo para que essas migrações aconteçam, as maiores siglas do país, como PMDB, PSDB e PT estão, por enquanto, com saldo negativo. Ou seja, mais deputados fugiram dessas legendas do que se filiaram a elas. Também no sábado, termina o prazo da desincompatibilização, quando parte dos pré-candidatos precisa deixar seus cargos públicos.

Ao todo, 25 partidos têm representantes na Câmara. Dos 14 ouvidos pela reportagem, ao menos 44 deputados já oficializaram troca.

MDB E PSDB – O caso do MDB é o mais emblemático. Com lideranças expressivas imersas em descrédito ético e moral, o partido até agora já perdeu oficialmente seis deputados federais e ganhou apenas três, mesmo sendo a sigla do presidente Michel Temer. E esse saldo negativo deve aumentar.

Com seu ex-presidente senador Aécio Neves (MG) envolvido na delação da JBS, o PSDB já perdeu o suplente Paulo Martins (PR) e deve ter, até sábado, as baixas de Daniel Coelho (PE), que negocia com o PPS, e Elizeu Dionísio (MS), de partida para o PSB.

O deputado Pedro Cunha Lima já estava com um pé fora do ninho tucano quando lhe foi ofertada a chance de disputar o cargo de governador da Paraíba. Aos 29 anos e quatro como deputado federal, sua candidatura oferecerá um palanque estratégico ao pré-candidato à Presidência Geraldo Alckmin. Sua permanência evita também a fuga de seu pai, o senador tucano Cássio Cunha Lima.

PT E DEM – O PT, que já foi um polo de atração na gestão do ex-presidente Lula, hoje condenado na Lava-Jato, perdeu duas cadeiras na Câmara e ganhou uma.

Enquanto as legendas maiores perderam gente, os menores estão absorvendo os fujões. O DEM começou o mandato com uma bancada de 22 deputados. No início da janela partidária estava com 33. Agora, ganhou sete novos membros e perdeu um, fechando com saldo positivo de seis. O movimento de atração tem nome e sobrenome: Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara.

O nanico PSL recebeu uma verdadeira “explosão habitacional” em termos proporcionais. O motivo foi a filiação do pré-candidato Jair Bolsonaro, que deixou o PSC no primeiro dia de janela partidária. E levou consigo outros integrantes, quase todos da “bancada da bala”, como o próprio filho, Eduardo Bolsonaro (SP), o Major Olímpio (SP), Delegado Fernando Francischini (PR), Delegado Waldir (GO) e outros, somando o total de dez novos integrantes até agora. E perdeu dois.

OUTROS PARTIDOS – O Partido Progressista, que não lançará candidato à Presidência, já recebeu cinco filiações de deputado e perdeu apenas uma. O PR ganhou cinco e perdeu quatro parlamentares federais. O PSD, do ministro Gilberto Kassab, teve oficializada uma baixa e quatro novas adesões. O PSB ficou com saldo negativo, com três perdas e um novo nome.

O PDT, que lançará Ciro Gomes, soma mais um deputado. Já o Podemos, de Álvaro Dias, perdeu um nome e ganhou cinco novos. A Rede está com dois a menos, o PPS com menos um e o PCdoB com um a mais.

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