Agentes fazem buscas nos estados da Bahia e São Paulo. Ações apuram propina e lavagem de dinheiro envolvendo a Transpetro
A Operação Lava Jato chegou à 50.ª fase. Policiais federais cumprem três mandados de busca e apreensão nas cidades de Salvador, na Bahia, e Campinas e Paulínia, no interior de São Paulo.
Segundo comunicado da Polícia Federal, as ações desta manhã estão relacionadas às investigações da 47.ª fase da Lava Jato, “que apura o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos e atos de lavagem subsequentes em contratos da Transpetro”.
A Transpetro é uma subsidiária da Petrobras que atua nas operações de importação, exportação e transporte de petróleo, gás e seus derivados.
Lava Jato
Em Salvador, a PF cumpre os mandados na casa de Ana Vilma Fonseca de Jesus, mulher do ex-gerente da Transpetro José Antônio de Jesus, que foi preso na 47.ª fase e se encontra na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Em São Paulo, os mandados têm como alvo empresas investigadas na operação.
Segundo os procuradores, o ex-gerente teria pedido, inicialmente, o pagamento de 1% do valor dos contratos da NM com a Transpetro como propina, mas o acerto final ficou em 0,5%. Esse valor teria sido pago mensalmente em benefício do PT e não tinha relação com os pagamentos feitos pela mesma empresa ao PMDB a pedido da presidência da Transpetro.
Pagamento de propinas
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), um dos focos da investigação é a empresa do ramo de engenharia Meta Manutenção e Instalações Industriais Ltda. De acordo com o comunicado, ela é suspeita de efetuar pagamentos de propinas que totalizaram a quantia de R$ 2,325 milhões em benefício de José Antônio de Jesus.
“As provas colhidas até o momento indicam ainda que, logo após as transferências dos recursos pela Meta Manutenção, familiares de José Antônio de Jesus foram favorecidos com operações bancárias diretas da empresa vinculada ao ex-gerente da Transpetro, evidenciando que foi utilizada apenas para esconder a origem ilícita dos valores”, informou o MPF.