Laís Lis
G1, Brasília
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou neste sábado (3) que o partido adotará uma de três posições na eleição presidencial deste ano: candidatura própria, coligação ou neutralidade. Siqueira fez a afirmação após o encerramento do congresso nacional da sigla em Brasília, que o reelegeu para mais três anos no comando do partido. A chapa encabeçada por Siqueira foi a única inscrita e eleita por aclamação e o congresso do PSB concedeu ao novo diretório nacional eleito neste fim de semana delegação para adotar uma das três posições.
“O novo diretório nacional recebeu uma delegação e terá de escolher entre três hipóteses. A primeira delas é ter candidatura própria. A segunda delas é se coligar com outra candidatura de um partido que tenha identidade programática com o PSB. E a terceira, que é uma hipótese que eu pessoalmente não defendo, é não se aliar formalmente a nenhum dos candidatos à Presidência”, declarou.
SEM TENDÊNCIA – Siqueira disse que não é possível estabelecer uma tendência em relação a uma das opções. “O grau de incerteza da conjuntura política não permite hoje ter uma tendência. Claro que o maior desejo é ter a candidatura própria”, afirmou.
Questionado sobre a eventual filiação à legenda do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, Siqueira afirmou que a decisão depende do ex-ministro, mas que ficou “subentendido” que, se ele se filiar, será o candidato a presidente. “
Siqueira afirmou que o partido já tem definidos dez candidatos aos governos estaduais e que está conversando com outros dois possíveis candidatos, para os governos do Rio Grande do Norte e do Paraná.
No Rio Grande do Norte a conversa é com o vice-governador Fábio Dantas e no Paraná, com ex-senador Osmar Dias. Ambos ainda não são filiados ao partido.
EM CRESCIMENTO – Durante o congresso, Carlos Siqueira afirmou que o partido espera eleger dez governadores ou mais e que, pela primeira vez terá três candidatos fortes no Sudeste, entre os quais mencionou o atual vice-governador de São Paulo, Márcio França.
“Será, sem dúvida, um grande ano para o partido. É um ano eleitoral em que todos nós devemos estar voltados com prioridade máxima para as eleições. As eleições importantes que teremos, de dez governadores ou mais”, disse.
Entre os presentes no último dia do congresso do PSB estavam os governadores Rodrigo Rollemberg (DF) e Paulo Câmara (PE); o ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo; o deputado Alessandro Molon (ex-Rede), que se filiou ao partido nesta semana; o vice-governador de São Paulo, Márcio França; e Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos.